tag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post1292817876469388160..comments2023-03-01T07:31:42.719-03:00Comments on gigi-teacher: Entrevista com DrummondGigihttp://www.blogger.com/profile/11410396260678170929noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-14221708300913272492015-10-14T23:04:05.893-03:002015-10-14T23:04:05.893-03:00Bruna e Stéfani
Carlos Durmmond de Andrade
Como v...Bruna e Stéfani<br />Carlos Durmmond de Andrade<br /><br />Como você vê a vida?<br />olha, repara, ausculta: essa riqueza<br />sobrante a toda pérola, essa ciência<br />sublime e formidável, mas hermética,<br />Essa total explicação da vida,<br />Esse nexo primeiro e singular,<br />Que nem concebes mais, pois tão esquivo<br />Se revelou ante a pesquisa ardente<br />Em que te consumiste… vê, contempla,<br />Abre teu peito para agasalhá-lo.”<br />(poema a máquina do mundo)<br /><br />E o medo? <br />Existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,<br />o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,<br />o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,<br />cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,<br />cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.<br />Depois morreremos de medo<br />e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas<br />(poema Congresso Internacional do Medo)<br /><br />Como é o homem atrás do bigode?<br />O homem atrás do bigode<br />é sério, simples e forte.<br />Quase não conversa.<br />Tem poucos, raros amigos<br />o homem atrás dos óculos e do bigode.<br /> (poema das sete faces)<br /><br />Como é o próprio amor?<br />O próprio amor se desconhece e maltrata.<br />O próprio amor se esconde, ao jeito dos bichos caçados;<br />não está certo de ser amor, há tanto lavou a memória<br />das impurezas de barro e folha em que repousava. E resta,<br />perdida no ar, por que melhor se conserve,<br />uma particular tristeza, a imprimir seu selo nas nuvens.<br />(poema tarde de maio)<br /><br />Significado de mãe?<br />Mãe, na sua graça,<br />é eternidade.<br />Por que Deus se lembra<br />— mistério profundo —<br />de tirá-la um dia?<br />Fosse eu Rei do Mundo,<br />baixava uma lei:<br />Mãe não morre nunca,<br />mãe ficará sempre<br />junto de seu filho<br />e ele, velho embora,<br />será pequenino<br />feito grão de milho.<br />(Poema Para Sempre)<br /><br /><br />O que é o amor para você?<br />Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.<br />(poema as sem-razões do amor)<br /><br />Temes a velhice?<br /> Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.<br />( poema os ombros suportam o mundo)<br /><br />No que estava sonhando?<br />Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz amarelo: "Neste país é proibido sonhar." Amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão Mas as coisas findas muito mais que lindas essas ficarão.<br />(poema sentimental) <br /><br />Quando criança, o que pensava em ser?<br />Que vai ser quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. <br />(poema verbo ser)<br /><br />Como é o namoro atual?<br />O amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será. <br />(poema Não se mate)<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/04189930503109254906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-21673201231872130132015-10-14T22:54:00.186-03:002015-10-14T22:54:00.186-03:00Este comentário foi removido pelo autor.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/04189930503109254906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-29826808466021356772015-10-14T22:53:28.909-03:002015-10-14T22:53:28.909-03:00Este comentário foi removido pelo autor.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/04189930503109254906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-60410828104734031802015-10-14T11:28:48.679-03:002015-10-14T11:28:48.679-03:00Nome: Leandro Soares e Mateus Ramos
Autor: Viníciu...Nome: Leandro Soares e Mateus Ramos<br />Autor: Vinícius de Morais<br /><br />1. Vinicius como é a pátria na sua opinião?<br />A minha pátria é como se não fosse,<br />É intima doçura e vontade de chorar;<br />Uma criança dormindo é minha pátria<br /><br />2.Para que fomos feitos?<br />Para lembrar e ser lembrados,<br />Para chorar e fazer chorar.<br />3. A morte é....<br />De repente nunca mais esperamos...<br />Hoje a noite é jovem; da morte, apenas<br />Nascemos, imensamente.<br /><br />4. Qual o primeiro pensamento quando se fala de Hiroshima?<br />Penso em crianças<br />Mudas telepáticas<br />Pensem nas meninas <br />Cegas inexatas<br />Pensem nas mulheres<br />Rotas alteradas, pensem<br />Nas feridas como rosas cálidas<br /><br />5. O que é fidelidade para você?<br />De tudo ao meu amor serei atento,<br />Antes, e com tal zero e sempre, <br />E tanto que mesmo em face do<br />Maior encanto...<br />Dele se encanta mais meu pensamento<br /><br />6. E seu amor?<br />Posso dizer do amor (que tive)<br />Que não seja imoral, posto que é chama<br />Mas que não seja infinito enquanto dure.<br /><br />7.Agora sobre mulher... Mulher feia é?<br />As muitas feias que me perdoem,<br />Mas beleza é fundamental.<br /><br />8.Caracterize uma mulher.<br />Pés e mãos devem conter elementos<br />Góticos discretos.<br />A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços,<br />No dorso e na face e na reentrâncias tenham<br />Temperatura nunca inferior a 37° centígrados<br /><br />9.Quando se olha no olho de uma mulher, como prefere?<br />Que sejam de preferência grandes e de rotação pelo menos <br />Tão lentas quanto a da terra.<br /><br />10.Na frase “ Essa mulher é um mundo” argumente.<br />Talvez uma cadela – mas na moldura de uma<br />Cama…. Mulher nenhuma foi tão bela.<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/18297696624402973104noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-40621450273524509922015-10-09T11:06:01.198-03:002015-10-09T11:06:01.198-03:00Nome: Rodrigo e Juliano
Turma:231
Autor: Gracili...Nome: Rodrigo e Juliano<br /><br />Turma:231<br /><br />Autor: Graciliano Ramos<br /><br />1.O que está frase quer dizer " Dizes que brevemente serás metade de minha alma". argumente.<br /><br />Naõ: Já agora és não a metade, ,as toda.<br /><br />Dou-te a alma inteira, deixe-me apenas um<br /><br />pequena parte para que eu possa exisitir por<br /><br />algum tempo e adorar-te.<br /><br />2. O que você acha sobre a paixão?<br /><br />Acho medonho alguém viver sem paixão.<br /><br />3. Mulher e homem?<br /><br />Penso que é esquisito este costumer de viverem<br /><br />os machos apartados das femêas.<br /><br />4.Na sua opinião, o que é escrever?<br /><br />Quem escreve deve ter todo cuidado para<br /><br />a coisa não sair molhada.<br /><br />A página que foi escrita não deve pingar<br /><br />nenhuma palavra a não ser as desnecessárias.<br /><br />5.Quais lugares os senhor tem preferência para buscar livros?<br /><br />Certos lugares que me davam prazer<br /><br />tornaram-se odiosos.<br /><br />Passo adiante de livraria olhos os desgate<br /><br />de vitrines, tenho a impressão de que se<br /><br />acaham ali pessoas exibindo títulos e preços nos rostos,<br /><br />6. Portituição é?<br /><br />Escolher marido por dinheiro.<br /><br />Que Miséria! Não há pior especie<br /><br />de prostituição.<br /><br />7.Amadurecer o coracão é um ponto positivo?<br /><br />Queria endurecer o coração eliminar<br /><br />o passado fazer com que faça emendo um período —<br /><br />riscar, engrossar os riscos e transformá-los em borrões, suprimir todas as letras, não deixar vestígio de idéias obliteradas.<br /><br />8.Você gosta da maneira como os outros escritores escrevem?<br /><br />Os escritores brasileiro e falo dos faccionistas de<br /><br />agora e mesmo os do passado, podem no meu<br /><br />entender ser divididos em duas categorias:<br /><br />os que têm uma 'maneira' de escrever,<br /><br />e são poucos, e os que têm 'jeito', que<br /><br />são alguns mais numerosos. O resto é porcaria.<br /><br />9.Quando se gosta de uma pessoa?<br /><br />Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta.<br /><br />Só a presença, não é necessário mais nada.<br /><br />10.Qual a coisa que o homem poderá ter certeza?<br /><br />Se a única coisa que de o homem terá certeza é a morte;<br /><br />a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/00217015551452447691noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-66564453401109979502015-10-08T22:10:51.698-03:002015-10-08T22:10:51.698-03:00 Aline Duarte e Jaíne Longhi...
Turma 231
... Aline Duarte e Jaíne Longhi... <br />Turma 231 <br /> Entrevista com Vinícius de Moraes <br /> <br />1 – Vinícius, o que é a felicidade para você? <br />A felicidade é uma coisa boa <br />E tão delicada também <br />Tem flores e amores <br />De todas as cores <br />Tem ninhos de passarinhos <br />Tudo de bom ela tem <br />Em é por ela ser assim tão delicada <br />Que eu trato dela sempre muito bem <br />(A Felicidade) <br /> <br />2- A distância se resume no que para você ? <br />Tomara <br />Que você volte de pressa <br />Que você não se despeça <br />Nunca mais do meu carinho <br />E chore, e se arrependa <br />E pense muito <br />Que é melhor sofrer junto <br />Que viver feliz sozinho <br />(Soneto de Fidelidade) <br /> <br />3- O amor pode nos fazer sofrer e ao mesmo tempo nos trazer paz de espírito? <br />Eu amei <br />Eu amei, ai de mim, muito mais <br />Do que devia amar <br />E chorei <br />A o sentir que iria sofrer <br />E me desesperar <br /> <br />Foi então <br />Que da minha infinita surpresa <br />Aconteceu você <br />Encontrei em você a razão de viver <br />E de amar em paz <br />E não sofrer mais <br />Nunca mais <br />Por que o amor é a coisa mais triste <br />Quando se desfaz <br /> (Amor em Paz) <br /> <br /> <br />4- O que é ser amigo para você? <br />Um bicho igual a mim, simples e humano <br />Sabendo se mover e comover <br />E a disfarçar com o meu próprio engano. <br /> <br />O amigo: um ser que a vida não se explica <br />Que só se vai ao ver outro nascer <br />E o espelho da minha alma multiplica <br /> (Soneto do Amigo) <br /> <br /> <br />5- Você já foi separado de repente, de pessoas que eram importantes para você? <br />De repente da calma fez-se o vento <br />Que dos olhos desfez a ultima chama <br />E da paixão fez-se o pressentimento <br />E do momento imóvel fez-se o drama <br /> <br />Fez-se do amigo mais próximo o distante <br />Fez-se da vida uma aventura errante <br />De repente não mais que de repente <br /> (Soneto de Separação) <br /> <br /> <br /> <br />6- Você sente falta de sua pátria? <br />A minha pátria é como se não fosse, é íntima <br />Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo <br />É minha pátria. Por isso, no exílio <br />Assistindo dormir meu filho <br />Choro de saudades de minha pátria. <br />(Pátria Minha) <br /> <br /> <br />7- O que você acha da vida? <br />É claro que a vida é boa <br />E a alegria, a única indizível emoção <br />É claro que te acho linda <br />Em ti bendigo o amor das coisas simples <br />É claro que te amo <br />E tenho tudo para ser feliz <br />(Dialética) <br /> <br /> <br />8-Quem foi Noé? <br /> Noé, o inventor da uva e que, por justo e temente <br /> Jeová, clementemente salvou da praga da chuva. <br />(A Arca de Noé) <br /> <br /> <br /> <br /> 9-O foi a bomba atômica ? <br />A bomba atômica é triste <br />Coisa mais triste não há <br />Quando cai, cai sem vontade <br />Vem caindo devagar <br />Tão devagar vem caindo <br />Que dá tempo a um passarinho <br />De pousar nela e voar... <br />Coitada da bomba atômica <br />Que não gosta de matar! <br />( A Bomba Atômica) <br /> <br />10- Como era a cachorrinha ? <br />Pode haver coisa no mundo <br />Mais branca, mais bonitinha <br />Do que a tua barriguinha <br />Crivada de mamiquinha? <br />Pode haver coisa no mundo <br />Mais travessa, mais tontinha <br />Que esse amor de cachorrinha <br />Quando vem fazer festinha <br />Remexendo a traseirinha? <br />Uau, uau, uau, uau! <br />Uau, uau, uau, uau! <br />( A Cachorrinha) <br /> Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/00217015551452447691noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-48038048342961517432015-10-08T22:09:16.994-03:002015-10-08T22:09:16.994-03:00Este comentário foi removido pelo autor.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/00217015551452447691noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-54531484667730587852015-10-07T23:25:31.022-03:002015-10-07T23:25:31.022-03:00TRABALHO DE LITERATURA
Dupla: Jaqueline Rodrigues...TRABALHO DE LITERATURA<br /><br />Dupla: Jaqueline Rodrigues, Fernanda Mendes<br />Professor(a): Giovana<br />Entrevista com Mario Quintana.<br /><br /> <br />1. Com que você compara a tristeza? <br />R: Não há nada mais triste do que o grito de um trem no silêncio <br /> noturno. É a queixa de um estranho animal perdido, único<br /> sobrevivente de alguma espécie extinta, e que corre, corre,<br /> desesperado, noite em fora, como para escapar à sua<br /> orfandade e solidão de monstro.<br /> (Desespero, pg.81)<br /><br />2. O que as tardes lembram?<br />R:Triste encanto das tardes borralheiras<br /> Que enchem de cinza o coração da gente!<br /> A tarde lembra um passarinho doente<br /> A pipilar os pingos das goteiras... <br /> (Triste encanto,pg.44)<br /><br />3. Como é a sua rua?<br />R:É a mesma ruazinha sossegada, <br /> Com as velhas rondas e as canções de outrora...<br /> E os meus lindos pregões da madrugada <br /> Passam cantando ruazinha em fora!<br /> (É a mesma ruazinha sossegada,pg.52)<br /><br />4. Que tipos de poemas existem?<br />R:Triste...<br /> Solitário. <br /> Único .<br /> Ferido de mortal beleza.<br /> (O poema,pg.20)<br /><br />5. Como é o meu amigo?<br />R:Olha! É como um vaso<br /> De porcelana rara o teu amigo.<br /> Nunca te sirvas dele... Que perigo!<br /> Quebrar-se-ia, acaso...<br /> (Do espelho mágico,pg.77)<br /><br />6. Como deveria ser a morte?<br />R:A morte deveria ser assim: <br /> um céu que pouco a pouco anoitesse <br /> e a gente nem soubesse que era o fim...<br /> (Este quarto,pg.53)<br /><br />7. Como é a vida de um doente?<br />R:Este quarto de enfermo, tão deserto<br /> de tudo, pois nem livros eu já leio<br /> e a própria vida eu a deixei no meio<br /> como um romance que ficasse aberto...<br /> (Este quarto,pg.53)<br /><br />8. Qual é a ocupação dos grilos?<br />R: Os grilos abrem frinchas no silêncio.<br /> Os grilos trincam as vidraças negras da noite.<br /> E o silêncio das vastas solidões noturnas<br /> é uma rede tecida de cricrilos...<br /> (Os grilos,pg.100)<br /><br />9. O que te recorda o passado?<br />R:Recordo ainda... e nada mais me importa...<br /> Aqueles dias de uma luz tão mansa<br /> Que me deixavam, sempre, de lembrança, <br /> Algum brinquedo novo à minha porta...<br /> (Recordo ainda,pg.25)<br /><br />10. O que você quer quando morrer?<br />R:Quando eu morrer e no fresor da lua<br /> Da casa nova me quedar a sós , <br /> Deixe-me em paz na minha quieta rua...<br /> Nada mais quero com nenhum de vós! <br /> (Quando eu morrer,pg.112)<br /><br />11.O que você diz para seus leitores?<br />R:Fere de leve a frase... E esquece... Nada...<br /> Convém que se repita...<br /> Só em linguagem amorosa agrada<br /> A mesma coisa cem mil vezes dita. <br /> (Do espelho mágico,pg.77) <br /><br />Fonte: fragmentos retirados do livro “Melhores Poemas de Mario Quintana” Ed. Global.<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03917077246851581244noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-49062852050308233522015-10-07T22:56:01.025-03:002015-10-07T22:56:01.025-03:00Componentes: Marair do Amaral Costa
...Componentes: Marair do Amaral Costa<br /> Fabiola Longhi da Costa<br />Turma: 232<br /><br />Entrevista com Orides Fontela<br /><br />1)O que pensa do mundo em que vivemos?<br />Sobre a paisagem um ponto<br />De luz cósmica completa<br />e cena fixa<br />que não a encerra.<br />A estrela completa<br />a unidade em que<br />não habita.<br />(ESTRELA, pg: 67)<br /><br />2)O que acha em relação há vida?<br />O verbo?<br />Embebê-lo de denso<br />Vinho.<br />A vida?<br />Dissolvê-la no intenso<br />Júbilo.<br />(ODES, pg:117)<br /><br />3)Relate alguns momentos de sua infância?<br />Atira<br />a<br />bola<br />alto<br />MAIS ALTO<br />Cristal acima do universo.<br />(JOGO, pg:107)<br /><br />4)Como você expressa suas memórias?<br />Interfecundam-se no mesmo<br />Bloco de ser e de silêncio<br />Coluna viva em que a memória<br />Cindiu-se em dois horizontes.<br />(OPOSIÇAO, pg:116)<br /><br />5) Como avalia seu trabalho?<br />Saber seu centro: vazio<br />esplendor além<br />da vida<br />e vida além<br />da memória.<br />(POEMA, pg:149)<br /><br />6)O que faz você contradizer algo?<br />O que faço des<br />faço<br />o que vivo des<br />Vivo<br />o que amo des<br />amo<br />(meu “sim” traz o “ não”<br /><br />no seio).<br />(PENÉLOPE,pg:169)<br /><br />7)O que pensa do mundo caótico?<br />Apenas pura<br />Perda, sussurro<br />de lento canto<br />que auto-esvazia-se<br /><br />e- inútil-<br />tomba<br />evanescendo-se<br />na transparência.<br />(AS PARCAS, pg:171)<br /><br />8)Como expressa seu silêncio?<br />O silêncio sem cor nem peso<br />(vacuidade) sustenta<br />Agudas sementes-Júbilo-<br />Da lucidez nunca<br />Extinta.<br />Grandes estrelas fixas.<br />(NOTURNO, pg:178)<br /><br />9) Como descreve o amor?<br />Doce perfume des<br />falecente, rosa<br />mais-que-perfeita: solta<br />em voo<br />puro.<br />Doce pétalas vivas.<br />(ROSA(II), pg:182)<br /><br />10) Como define o tempo?<br />O tempo cumpre-se.Constrói-se<br />A evanescente forma<br />Ser<br />e<br />ritmo.<br />(CICLO(II), pg:184)<br /><br />11)Como define o começo e o fim de suas obras?<br />O início? O mesmo fim.<br />O fim? O mesmo início.<br />Não há fim nem início. Sem história<br />o ciclo dos dias<br />vive-nos.<br />(ODE, pg:191)<br /><br />12)O que carrega com sigo de mais valioso em sua memória?<br />Da avó materna:<br />Uma toalha(de batismo).<br />Do pai:<br />Um martelo<br />Um alicate<br />torquês<br />Duas flautas.<br />Da mãe:<br />Um pilão<br />Um caldeirão<br />Um lenço.<br />(HERANÇA, pg:204)<br /><br />13)O que mais admira do mundo?<br />Duas coisas: a dura lei<br />Cobrindo-me<br />e o estrelado céu<br />dentro de mim.<br />(KANT(RELIDO), pg:204)<br /><br />Fonte: Poesia Reunida<br />Ed. Cosacnaify<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03917077246851581244noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-45888379788542043902015-10-07T15:16:35.251-03:002015-10-07T15:16:35.251-03:00Fernanda morais e Renan Antônio
Turma:231
Entrevi...Fernanda morais e Renan Antônio<br />Turma:231<br /><br />Entrevista com Érico Verissimo<br /><br />1.O que é amizade para o senhor?<br /><br />A amizade é um amor que nunca morre.<br />Amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,<br />alguns descobre, mas poucos reconhecem.<br />Amizade quando é sincero o esquecimento é impossivel.<br /><br /><br />2.O que significa felicidade para você?<br /><br />A felicidade não é um prêmio , e sim uma consequência,<br />a solidão não é um castigo, e sim um resultado.<br />A felicidade não está no fim da jornada, e sim cada curva<br />do caminho que percorremos para encontrá-la.<br /><br />3.Qual é a maior fraqueza de uma pessoa no seu ponto de vista?<br /><br />A maior fraqueza de uma pessoa é trocar<br />aquilo que ela mais deseja na vida, por<br />aquilo que ele deseja no momento.<br /><br />4.o que o senhor acha a respeito de um obstáculo em seu caminho?<br /><br />A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque <br />as grande logo agente encherga.<br /><br />5.O que a persistência e a solidão significam para o senhor?<br /><br />A persistência é o caminho do êxito. <br />A pior solidão é aquela que sente na <br />companhia dos outros.<br />A solidão é um gota no oceno que so olha<br />para si mesmo.... uma gota que não sabe <br />que é oceno...<br /><br />6. Qual seu ponto de vista nessa frase, "Na tua obrigação durante sua existência"?<br /><br />A única obrigação durante toda a existência é seres verdadeiro<br />para contigo proprio.<br />A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais<br />poderá apagar.<br /><br />7.Por que algumas pessoas acham cultas a verdadeira libertade?<br /><br />A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si.<br />Amigo de verdade é aquele que transforma<br />um pequeno momento em um grande instante.<br /><br />8.Na sua opinião amigos são como flores?<br /><br />Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer.<br />Amigo é aquele que conhece todos os seus<br />segredos e mesmo assim gosta de você!<br />Amigos são como flores cada um tem seu encanto<br />poriso cultive-os.<br /><br />9.Quando uma pessoa que você não conhece acaba entrando em sua vida, você acha que é por acaso?<br /><br />As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não<br />é por acaso que elas permanecem.<br />Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,<br />dando-lhes sempre algum significado.<br /><br />10. O que você pode ter certeza sobre a felicidade?<br /><br />Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor<br />meio de ser infeliz.<br />Faça amizade com bondade das pessoas, nunca com<br />seus bens!<br />Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se<br />passando inutilmente.<br /><br /><br /><br />Autor: Érico VerissimoAnonymoushttps://www.blogger.com/profile/17946231532108629505noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-54842821483856772002015-10-07T15:16:06.569-03:002015-10-07T15:16:06.569-03:00Fernanda morais e Renan Antônio
Turma:231
Entrevi...Fernanda morais e Renan Antônio<br />Turma:231<br /><br />Entrevista com Érico Verissimo<br /><br />1.O que é amizade para o senhor?<br /><br />A amizade é um amor que nunca morre.<br />Amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,<br />alguns descobre, mas poucos reconhecem.<br />Amizade quando é sincero o esquecimento é impossivel.<br /><br /><br />2.O que significa felicidade para você?<br /><br />A felicidade não é um prêmio , e sim uma consequência,<br />a solidão não é um castigo, e sim um resultado.<br />A felicidade não está no fim da jornada, e sim cada curva<br />do caminho que percorremos para encontrá-la.<br /><br />3.Qual é a maior fraqueza de uma pessoa no seu ponto de vista?<br /><br />A maior fraqueza de uma pessoa é trocar<br />aquilo que ela mais deseja na vida, por<br />aquilo que ele deseja no momento.<br /><br />4.o que o senhor acha a respeito de um obstáculo em seu caminho?<br /><br />A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque <br />as grande logo agente encherga.<br /><br />5.O que a persistência e a solidão significam para o senhor?<br /><br />A persistência é o caminho do êxito. <br />A pior solidão é aquela que sente na <br />companhia dos outros.<br />A solidão é um gota no oceno que so olha<br />para si mesmo.... uma gota que não sabe <br />que é oceno...<br /><br />6. Qual seu ponto de vista nessa frase, "Na tua obrigação durante sua existência"?<br /><br />A única obrigação durante toda a existência é seres verdadeiro<br />para contigo proprio.<br />A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais<br />poderá apagar.<br /><br />7.Por que algumas pessoas acham cultas a verdadeira libertade?<br /><br />A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si.<br />Amigo de verdade é aquele que transforma<br />um pequeno momento em um grande instante.<br /><br />8.Na sua opinião amigos são como flores?<br /><br />Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer.<br />Amigo é aquele que conhece todos os seus<br />segredos e mesmo assim gosta de você!<br />Amigos são como flores cada um tem seu encanto<br />poriso cultive-os.<br /><br />9.Quando uma pessoa que você não conhece acaba entrando em sua vida, você acha que é por acaso?<br /><br />As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não<br />é por acaso que elas permanecem.<br />Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,<br />dando-lhes sempre algum significado.<br /><br />10. O que você pode ter certeza sobre a felicidade?<br /><br />Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor<br />meio de ser infeliz.<br />Faça amizade com bondade das pessoas, nunca com<br />seus bens!<br />Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se<br />passando inutilmente.<br /><br /><br /><br />Autor: Érico VerissimoAnonymoushttps://www.blogger.com/profile/17946231532108629505noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-75059429550847436442015-10-07T13:52:46.841-03:002015-10-07T13:52:46.841-03:00Alunos: Raiane e Noerci.
Turma:232.
Entrevista c...Alunos: Raiane e Noerci.<br /><br />Turma:232.<br /><br />Entrevista com Vinicius de Moraes. <br /><br />1-Nos tempos de infância,devido a várias mudanças de residência. Quais são as lembranças de suas casas? <br />R: Era uma casa muito engraçada não tinha teto não tinha nada ninguém podia entrar nela por que na casa não tinha chão. <br /><br />2-Tens saudades de sua infância?<br />R: Houve tempo... E em verdade eu vos digo havia tempo para a peteca e tempo para o soneto tempo para trabalhar e tempo para dar tempo ao tempo. <br /><br />3-Ao notar as transformações de sua cidade (evolução urbana) algo para recitar para nós? <br />R: Houve um tempo em que um morro era apenas um morro e não uma camelô de colete brilhante piscando intermitente o grito de socorro da livre concorrência: um pequeno gigante que nunca se curvava, ou somente nos dias em que maluco praticava acrobacias. <br /><br />4-O que o coração dizia ao ir embora a cada mudança de endereço? <br />R: E sai levando a família a ver: enquanto, em bonança colorida maravilha brilha ao arco da aliança.<br /><br />5-Se apaixonou por alguma amiga ao longo de sua vida? Traduza em poesia.<br />R: Amiga,infinitamente amiga.<br /> Em algum lugar teu coração bate por mim.<br /> Em algum teus olhos se fecham a ideia dos meus.<br /><br />6-Qual o encanto de ter várias mulheres? <br />R: Houve tempo em que dizia: LU-GO-LI-NAU, loura; o morena; i ; ruiva a mulata! <br /> Vogais! Tônico para o cabelo da poesia já escrevi, certa vez, vossa triste balada entre os minuetos.<br /><br />7-Qual a arma que usava para conquistar várias mulheres? <br />R: Minha nudez é absoluta meus olhos são espelhos para o teu desejo e meu peito é tábua de suplícios.<br /><br />8-Traduza em poesia o que sentia quando se apaixonava novamente?<br />R: As vezes, nessas noites frias e enevoadas <br /> Onde o silêncio nasce dos ruídos monótonos e mansos <br /> Essa estranha visão de mulher calma.<br /> <br />9-Como as conquistava?<br />R: Deusa,visão dos céus que me domina tu que és mulher e mais nada.<br /><br />10-Ao se separar o que pensava?<br />R: Eu só verei a parta que se vai fechando brandamente... Ela terá ido, a esposa amiga, a esposa que eu nunca terei. <br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03917077246851581244noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-45736474050908680222015-10-07T13:49:15.931-03:002015-10-07T13:49:15.931-03:00Alunos: Raiane e Noerci.
Turma:232.
Entrevista c...Alunos: Raiane e Noerci.<br /><br />Turma:232.<br /><br />Entrevista com Vinicius de Moraes. <br /><br />1-Nos tempos de infância,devido a várias mudanças de residência. Quais são as lembranças de suas casas? <br />R: Era uma casa muito engraçada não tinha teto não tinha nada ninguém podia entrar nela por que na casa não tinha chão. <br /><br />2-Tens saudades de sua infância?<br />R: Houve tempo... E em verdade eu vos digo havia tempo para a peteca e tempo para o soneto tempo para trabalhar e tempo para dar tempo ao tempo. <br /><br />3-Ao notar as transformações de sua cidade (evolução urbana) algo para recitar para nós? <br />R: Houve um tempo em que um morro era apenas um morro e não uma camelô de colete brilhante piscando intermitente o grito de socorro da livre concorrência: um pequeno gigante que nunca se curvava, ou somente nos dias em que maluco praticava acrobacias. <br /><br />4-O que o coração dizia ao ir embora a cada mudança de endereço? <br />R: E sai levando a família a ver: enquanto, em bonança colorida maravilha brilha ao arco da aliança.<br /><br />5-Se apaixonou por alguma amiga ao longo de sua vida? Traduza em poesia.<br />R: Amiga,infinitamente amiga.<br /> Em algum lugar teu coração bate por mim.<br /> Em algum teus olhos se fecham a ideia dos meus.<br /><br />6-Qual o encanto de ter várias mulheres? <br />R: Houve tempo em que dizia: LU-GO-LI-NAU, loura; o morena; i ; ruiva a mulata! <br /> Vogais! Tônico para o cabelo da poesia já escrevi, certa vez, vossa triste balada entre os minuetos.<br /><br />7-Qual a arma que usava para conquistar várias mulheres? <br />R: Minha nudez é absoluta meus olhos são espelhos para o teu desejo e meu peito é tábua de suplícios.<br /><br />8-Traduza em poesia o que sentia quando se apaixonava novamente?<br />R: As vezes, nessas noites frias e enevoadas <br /> Onde o silêncio nasce dos ruídos monótonos e mansos <br /> Essa estranha visão de mulher calma.<br /> <br />9-Como as conquistava?<br />R: Deusa,visão dos céus que me domina tu que és mulher e mais nada.<br /><br />10-Ao se separar o que pensava?<br />R: Eu só verei a parta que se vai fechando brandamente... Ela terá ido, a esposa amiga, a esposa que eu nunca terei. <br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03917077246851581244noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-21295402369750062332015-10-07T10:52:10.082-03:002015-10-07T10:52:10.082-03:00[Continuação]
6. O que você pensa sobre a velhice?...[Continuação]<br />6. O que você pensa sobre a velhice?<br />Sinto que o tempo sobre mim abate<br />sua mão pesada. Rugas, dentes, calva...<br />Uma aceitação maior de tudo,<br />e o medo de novas descobertas.<br /><br />Escreverei sonetos de madureza?<br />Darei aos outros a ilusão de calma?<br />Serei sempre louco? sempre mentiroso?<br />Acreditarei em mitos? Zombarei do mundo?<br /><br />Há muito suspeitei o velho em mim.<br />Ainda criança, já me atormentava.<br />Hoje estou só. Nenhum menino salta<br />de minha vida, para restaurá-la.<br />( Versos á boca da noite. Liv A rosa do povo; pg 145)<br /><br />7. Qual a sua visão sobre o mundo?<br />Meus olhos são pequenos para ver<br />a massa de silêncio concentrada <br />por sobre a onda severa, piso oceânico <br />esperando a passagem dos soldados.<br /> <br />Meus olhos são pequenos para ver <br />luzir na sombra a foice da invasão <br />e os olhos no relógio, fascinados, <br />ou as unhas brotando em dedos frios.<br /><br />Meus olhos são pequenos para ver<br />o general com seu capote cinza <br />escolhendo no mapa uma cidade <br />que amanhã será pó e pus no arame.<br />(Visão 1944. Liv A rosa do povo; pg 165)<br /><br />8. O que o tempo significa com sua vida?<br />Um minuto, um minuto de esperança,<br />e depois tudo acaba. E toda crença<br />em ossos já se esvai. Só resta a mansa<br />decisão entre morte e indiferença.<br /><br />Um minuto, não mais, que o tempo cansa,<br />e sofisma de amor não há que vença<br />este espinho, esta agulha, fina lança<br />a nos escavacar na praia imensa.<br />( A Distribuição do tempo. Liv José e outros; pg 61)<br /><br />9. Drummond como foi seu dia?<br />Ganhei (perdi) meu dia.<br />E baixa a coisa fria<br />também chamada noite, e o frio ao frio<br />em bruma se entrelaça, num suspiro.<br /><br />E me pergunto e me respiro<br />na fuga deste dia que era mil<br />para mim que esperava<br />os grandes sóis violentos, me sentia<br />tão rico deste dia<br />e lá se foi secreto, ao serro frio.<br />(Elegia. Liv José e outros; pg 81)<br /><br />10. Gosta do lugar onde vive?<br /><br />Nesta cidade do Rio,<br />de dois milhões de habitantes,<br />estou sozinho no quarto,<br />estou sozinho na América.<br />Estarei mesmo sozinho?<br />Ainda há pouco um ruído<br />anunciou vida ao meu lado.<br />Certo não é vida humana,<br />mas é vida. E sinto a bruxa<br />presa na zona de luz.<br />De dois milhões de habitantes!<br />E nem precisava tanto…<br />Precisava de um amigo,<br />desses calados, distantes,<br />que lêem verso de Horácio<br />mas secretamente influem<br />na vida, no amor, na carne.<br />Estou só, não tenho amigo,<br />e a essa hora tardia<br />como procurar amigo?<br />( A Bruxa. Liv José e outros; pg 97)<br /><br />11. Qual seu animal de estimação?<br />Fabrico um elefante<br />de meus poucos recursos.<br />Um tanto de madeira<br />tirado a velhos moveis<br />talvez lhe dê apoio.<br />E o encho de algodão,<br />de paina, de doçura.<br />A cola vai fixar<br />suas orelhas pensas.<br />A tromba se enovela,<br />e é a parte mais feliz<br />de sua arquitetura.<br />Mas há também as presas,<br />dessa matéria pura<br />que não sei figurar.<br />( O elefante. Liv A rosa do povo; pg 104)Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/09364862008919300490noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-86651148318653614902015-10-07T10:44:40.804-03:002015-10-07T10:44:40.804-03:00Entrevista com Drummond
Vanessa Zanella e Jhullia ...Entrevista com Drummond<br />Vanessa Zanella e Jhullia Matté 232 <br /><br />1. O que você pensa a respeito do medo?<br />Em verdade temos medo. <br />Nascemos no escuro. <br />As existências são poucas; <br />Carteiro, ditador, soldado. <br />Nosso destino, incompleto. <br />E fomos educados para o medo. <br />Cheiramos flores de medo. <br />Vestimos panos de medo. <br />De medo, vermelhos rios <br />Vadeamos. <br />(O medo. Liv A rosa do povo; pg 35)<br /><br />2. Como é a noite para você?<br />É noite. Sinto que é noite<br />não porque a sombra descesse<br />(bem me importa a face negra)<br />mas porque dentro de mim,<br />no fundo de mim, o grito<br />se calou, fez-se desânimo.<br />Sinto que nós somos noite,<br />que palpitamos no escuro<br />e em noite nos dissolvemos.<br />Sinto que é noite no vento,<br />noite nas águas, na pedra.<br />E que adianta uma lâmpada?<br />E que adianta uma voz?<br />É noite no meu amigo.<br />É noite no submarino.<br />É noite na roça grande.<br />É noite, não é morte, é noite<br />de sono espesso e sem praia.<br />Não é dor, nem paz, é noite,<br />é perfeitamente a noite.<br />(Passagem da noite. Liv A rosa do povo; pg 48)<br /><br />3. O que você pensa sobre o passado?<br />De tudo ficou um pouco<br />Do meu medo. Do teu asco.<br />Dos gritos gagos. Da rosa<br />ficou um pouco<br />Ficou um pouco de luz<br />captada no chapéu.<br />Nos olhos do rufião<br />de ternura ficou um pouco<br />(muito pouco).<br />(Resíduo. Liv A rosa do povo; pg 92)<br /><br />4. O que você pensa sobre a morte?<br />Acordo para a morte.<br />Barbeio-me, visto-me, calço-me.<br />É meu último dia: um dia<br />cortado de nenhum pressentimento.<br />Tudo funciona como sempre.<br />Saio para a rua. Vou morrer.<br /><br />Não morrerei agora. Um dia<br />inteiro se desata à minha frente<br />Um dia como é longo. Quantos passos<br />na rua, que atravesso. E quantas coisas<br />que há no tempo, acumuladas. Sem reparar,<br />sigo meu caminho. Muitas faces<br />comprimem-se no caderno de notas.<br />(Morte no avião. Liv A rosa do povo; pg 120)<br /><br />5. Como foi sua infância, gostaria de crescer em enfrentar a vida?<br />As lições da infância<br />desaprendidas na idade madura.<br />Já não quero palavras, nem delas careço.<br />Tenho todos os elementos<br />Ao alcance do braço.<br />Todas as frutas<br />e consentimentos.<br />Nenhum desejo débil.<br />Nem mesmo sinto falta <br />do que me completa e é quase sempre melancólico. <br />Estou solto no mundo largo.<br />Lúcido cavalo<br />com substância de anjo<br />circula através de mim.<br />Sou varado pela noite, atravesso os lagos frios,<br />Absorvo epopéia e carne,<br />bebo tudo,<br />desfaço tudo,<br />torno a criar, a esquecer-me:<br />Durmo agora, recomeço ontem.<br />(Idade Madura. Liv A rosa do povo; pg 142)<br /><br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/09364862008919300490noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-69656891244292947872015-10-07T10:42:15.822-03:002015-10-07T10:42:15.822-03:00Mariele Candido e Marcelo Santos
Turma - 231
Entr...Mariele Candido e Marcelo Santos<br />Turma - 231<br /><br />Entrevista com Mario Quintana<br /><br />1)O senhor já teve um amor não correspondido?<br />Eu agora — que desfecho!<br />Já nem penso mais em ti…<br />Mas será que nunca deixo<br />De lembrar que te esqueci?<br /> (Poema- Do amoroso esquecimento)<br /><br />2)O que o senhor lembra de sua infância?<br />Havia um corredor que fazia cotovelo:<br />Um mistério encanando com outro mistério, no escuro…<br />Mas vamos fechar os olhos<br />E pensar numa outra cousa…<br /><br />Vamos ouvir o ruído cantado, o ruído arrastado das correntes no algibe,<br />Puxando a água fresca e profunda.<br />Havia no arco do algibe trepadeiras trêmulas.<br />Nós nos debruçávamos à borda, gritando os nomes uns dos outros,<br />E lá dentro as palavras ressoavam fortes, cavernosas como vozes de leões.<br /><br />Nós éramos quatro, uma prima, dois negrinhos e eu.<br />Havia os azulejos, o muro do quintal, que limitava o mundo,<br />Uma paineira enorme e, sempre e cada vez mais, os grilos e as estrelas…<br />Havia todos os ruídos, todas as vozes daqueles tempos…<br />As lindas e absurdas cantigas, tia Tula ralhando os cachorros,<br />O chiar das chaleiras…<br /><br />Onde andará agora o pince-nez da tia Tula<br />Que ela não achava nunca?<br />A pobre não chegou a terminar o Toutinegra do Moinho,<br />Que saía em folhetim no Correio do Povo!…<br />A última vez que a vi, ela ia dobrando aquele corredor escuro.<br />Ia encolhida, pequenininha, humilde. Seus passos não faziam ruído.<br />E ela nem se voltou para trás!<br /> (Poema- Segunda canção de muito longe.)<br /><br /><br />3)O que tenta passar para os leitores?<br />Quem faz um poema abre uma janela.<br />Respira, tu que estás numa cela<br />abafada,<br />esse ar que entra por ela.<br />Por isso é que os poemas têm ritmo —<br />para que possas profundamente respirar.<br />Quem faz um poema salva um afogado.<br /> (Poema- Emergência)<br /><br />4)Como o senhor enfrenta as críticas?<br />Todos esses que aí estão<br />Atravancando meu caminho,<br />Eles passarão…<br />Eu passarinho!<br /> (Poema- Poeminho do contra)<br /><br />5)Gosta de animais domésticos?<br />O mais feroz dos animais domésticos<br />é o relógio de parede:<br />conheço um que já devorou<br />três gerações da minha família.<br /> (Poema- Relógio)<br /><br />6)Porque o senhor gosta de poemas?<br />Os poemas são pássaros que chegam<br />não se sabe de onde e pousam<br />no livro que lês.<br /><br />Quando fechas o livro, eles alçam voo<br />como de um alçapão.<br />Eles não têm pouso<br />nem porto<br />alimentam-se um instante em cada par de mãos<br />e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias,<br />no maravilhado espanto de saberes<br />que o alimento deles já estava em ti…<br /> (Poema- Os poemas)<br /><br />7)Já desistiu de fazer algo por medo de ser criticado?<br />Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano<br />Vive uma louca chamada Esperança<br />E ela pensa que quando todas as sirenas<br />Todas as buzinas<br />Todos os reco-recos tocarem<br />Atira-se<br />E — ó delicioso voo!<br />Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,<br />Outra vez criança…<br />E em torno dela indagará o povo:<br />— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?<br />E ela lhes dirá<br />(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)<br />Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:<br />— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…<br /> (Poema- Esperança)<br /><br /><br />8)Como é sua vida hoje em dia?<br />Antes, todos os caminhos iam.<br />Agora todos os caminhos vêm<br />A casa é acolhedora, os livros poucos.<br />E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.<br /> (Poema- Envelhecer)<br /><br />9)O senhor é feliz?<br />Da vez primeira em que me assassinaram,<br />Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.<br />Depois, a cada vez que me mataram,<br />Foram levando qualquer coisa minha.<br /><br />Hoje, dos meu cadáveres eu sou<br />O mais desnudo, o que não tem mais nada.<br />Arde um toco de Vela amarelada,<br />Como único bem que me ficou.<br /><br />Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!<br />Pois dessa mão avaramente adunca<br />Não haverão de arrancar a luz sagrada!<br /><br />Aves da noite! Asas do horror! Voejai!<br />Que a luz trêmula e triste como um ai,<br />A luz de um morto não se apaga nunca!<br /> (Poema- A Rua dos Cataventos)<br /><br />10)O que espera do futuro?<br />Esse tic-tac dos relógios<br />é a máquina de costura do Tempo<br />a fabricar mortalhas.<br /> (Poema- Tic-Tac)Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/17946231532108629505noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-58842159625199585182015-10-07T10:32:53.942-03:002015-10-07T10:32:53.942-03:00Este comentário foi removido pelo autor.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/17946231532108629505noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-33468244656437210032015-10-07T10:10:09.822-03:002015-10-07T10:10:09.822-03:00Este comentário foi removido pelo autor.maricandidosilva@gmail.comhttps://www.blogger.com/profile/18314572146910842334noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7810143906194512973.post-70098379647326306112015-10-06T17:02:53.531-03:002015-10-06T17:02:53.531-03:00Alunos: Vitor Angel e Jeonice Marques.
Turma:232 ...Alunos: Vitor Angel e Jeonice Marques. <br />Turma:232 <br />Entrevista com Fernando Pessoa.<br />1-Fernando, como foi sua infância? <br /> Eu fui criança como toda gente.<br /> Nasci numa província portuguesa<br /> E tenho conhecido gente inglesa <br /> Que diz que eu sei inglês perfeitamente. <br /> (Opiário – Cit., p.77) <br />2-Para você o que é o poeta? <br /> O poeta é um fingidor.<br /> Finge tão completamente <br /> Que Chega a fingir que é dor <br /> A dor que deveras sente. <br /><br /> E os que lêem o que escreve,<br /> Na dor lida sentem bem,<br /> Não as duas que ele teve, <br /> Nas só a que eles não têm. <br /> (Autopsicografia – Cit., p.176) <br />3-Como você “vê” o seu “ser”? <br /> Sou quem falhei ser.<br /> Somos todos quem nos supusemos. <br /> A nossa realidade é o que não conseguimos nunca. <br /> (Pecado Original – Cit., p.388) <br />4-O que você pensa depois que escreve um poema? <br /> Depois de escrever, leio...<br /> Por que escrevi isto? <br /> Onde fui buscar isto? <br /> De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...<br /> Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta<br /> Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?... <br /> (Datilografia – Cit., p.394) <br />5-E o que é o amor para você? <br /> O amor, quando se revela,<br /> Não se sabe revelar. <br /> Sabe bem olhar p`ra ela, <br /> Mas não lhe sabe falar. <br /><br /> Quem quer dizer o que sente<br /> Não sabe o que há de dizer.<br /> Fala: parece que mente... <br /> Cala: parece esquecer... <br /> (Presságio – Cit., p.513) <br />6-Mas quem você realmente ama? <br /> Quem amo não existe.<br /> Vivo indeciso e triste. <br /> Quem quis ser já me conhece <br /> Quem sou não me conhece.<br /> (Inéditas – 1919 -1935 Cit., p.500) <br />7-E quanto a felicidade, o que é ser feliz para você? <br /> Ser feliz é ser aquele.<br /> E aquele não é feliz,<br /> Por que pensa dentro dele<br /> E não dentro do que eu quis.<br /><br /> A gente faz o que quer<br /> Daquilo que não é nada,<br /> Mas falha se o não fizer,<br /> Fica perdido na estrada.<br /> (Inéditas – 1919 – 1935 Cit., p.548) <br />8-Qual o seu conceito sobre a morte? <br /> E quem me sinto e morre<br /> No que me liga a mim<br /> Dorme onde o rio corre – <br /> Esse rio sem fim. <br /><br /> A morte chega cedo,<br /> Pois breve é toda vida<br /> O instante é o arremedo<br /> De uma coisa perdida. <br /> (Isto – Cit., p.171) <br />9-E Deus? <br /> Deus é um grande Intervalo,<br /> Mas entre quê e quê?...<br /> Entre o que digo e o que calo<br /> Existo? Quem é o que me vê?<br /> Erro-me... E o pombal elevado<br /> Está em torno na pomba, ou de lado?<br /> (Além-Deus – Cit., p.113) <br />10-Para finalizar qual conselho você deixa para os nossos queridos leitores? <br /> Segue o teu destino,<br /> Rega as tuas plantas, <br /> Ama as tuas rosas.<br /> O resto é a sombra<br /> De árvores alheias. <br /> (Odes de Ricardo Reis – Cit., p.270) <br />Fonte: “Obra Poética” Ed.Nova Fronteira, “Poemas Escolhidos” Zero Hora Ed.Klick.<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03917077246851581244noreply@blogger.com