sábado, 23 de dezembro de 2023

Os filhos do quarto

 OS FILHOS DO QUARTO! 


Antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares, hoje temos perdido eles dentro do quarto!

Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo a distância, sabíamos o que se passava em suas mentes.

Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos.

Hoje não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro de seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança.

Quanta imaturidade a nossa.

Agora ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que saibamos o que é...

Perdem literalmente a vida, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.

Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar...

Se tornam uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles têm sido influenciados e pais nem sempre já sabem o que seus filhos são.

Você hoje pode ler esse texto e amar, mandar para os amigos.

Pode enxergar nele verdades e refletir. Tudo isso será excelente.

Mas como Terapeuta tenho visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto, então faço você um convite e, por favor aceite !

Convido você a tirar seu filho do quarto, do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido, convido você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala, ao seu lado por no mínimo 2 dias estabelecidos na sua semana a noite (além do sábado e domingo).

E jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a grande oportunidades de tê-los vivos, “dando trabalho” e que eles aprendam. 

Cassiana Tardivo


Elaboração das atividade: Giovana B F Picolo

                                               Insta: ana.voig.1

  1. Qual é a principal preocupação expressa no texto?

  2. De acordo com o autor, como as crianças costumavam brincar no passado?

  3. Quais são as críticas do autor em relação à atualidade, especialmente em relação ao uso de dispositivos eletrônicos pelas crianças?

  4. Como o autor descreve a perda dos filhos dentro do quarto?

  5. Que perigos você pensa ter “dentro do quarto”? Justifique.

  6. Você concorda com  o autor quando ele diz: “Perdem a vida literalmente”? Argumente.

  7. De acordo com o autor, por que as crianças estão perdendo sua identidade familiar?

  8. Qual é a proposta do autor para lidar com esse problema? Faça um texto instrutivo para pais com a proposta do autor aliada a sua proposta.

  9. Como o autor aborda a ideia de "filhos mortos dentro do quarto"? Você concorda? Comente.

  10. Qual é a profissão do autor e como isso influencia sua perspectiva sobre a situação descrita?

  11. Você concorda ou discorda das opiniões do autor? Por quê?

  12. Você acredita que é importante ter tempo de qualidade com os filhos longe de dispositivos eletrônicos? Por quê?

  13. Como você agiria com pai/mãe nesses tempos de tanta tecnologia? Explique.

  14. Faça um paralelo entre o antes e o depois descritos no texto. Seja criativo.

  15. Retire duas orações subordinadas temporais.

  16. Há no texto alguma figura de linguagem? Se houver, retire-a e classifique-a.

  17. Que outro título você daria ao texto? Justifique.

  18. Há alguma passagem em linguagem coloquial? Como ela ficaria no registro formal?

  19. Quais as reflexões trazidas pelo texto? Explique.

  20. Qual o motivo de a autora pedir a atenção além do sábado e domingo? Justifique.

  21. Por que a autora utilizou aspas? 

  22. O que se entende por “dar trabalho”?

  23. De acordo com o texto !as crianças não ficam seguras e fortes para  tomarem decisões”. Você concorda? Argumente.

  24. Por que a autora utiliza uma conjunção adversativa no 7º parágrafo?

  25. Como o autor do texto dialoga com o leitor? Explique.

  26. Você se identificou com qual personagem? Por quê?

Vamos mobilizar?

Crie cartazes visuais representando a mensagem principal do texto. Pode usar imagens, palavras-chave e citações do texto para transmitir as ideias principais.

Hora do debate: Os participantes podem expressar suas opiniões sobre o uso de dispositivos eletrônicos por crianças. Dividir a turma em equipes pró e contra, incentivando argumentos fundamentados.

Escreva uma continuação para o texto, imaginando como a situação poderia mudar se as sugestões do autor fossem seguidas.

Que tal elaborar entrevistas fictícias (e devidas respostas) com personagens do texto, explorando suas opiniões e sentimentos em relação ao uso de dispositivos eletrônicos.

Hora do teatro: crie pequenas peças teatrais que representem as situações descritas no texto.

Pesquise notícias, artigos ou vídeos relacionados ao tema e discuta como diferentes fontes de mídia abordam a questão. Apresente sua pesquisa para a turma e compare e contraste essas perspectivas com as do autor do texto.

Entrevista ou palestra, relacionando suas opiniões e conselhos com as questões levantadas no texto (quem podemos convidar?).

Como você imagina a conversa entre os filhos “dentro de seus quartos” e seus pais? Seja criativo para representar.

Escreva uma HQ, fazendo as devidas adaptações..

Reescreva o texto como se fosse um pai do passado.

Os filhos do quarto © 2023 by Giovana B F Picolo is licensed under CC BY-NC-SA 4.0

No que você está pensando

 No que você está pensando?


Não quero cheirar este pó,

ser usuário,

big,

tech,

empoderado.


É coreografia todo dia,

mil filtros na fotografia,

errus e mais herros de ortografia.


Concordo com Carlos,

o gauche.

ficou chato ser moderno.

Só que Drummond é eterno,

eu não.

Sou apenas um resmungo,

uma aflição.


Chega de dicas de como ser eu mesmo.

Porque se sou, cuidado,

posso estar sendo muito eu

em lugar inadequado.

E acabar com o câncer digital: cancelado.


Nasci alguém,

antes de algo no tal algoritmo.

Metaverso?

Um verso já é mistério.

E, confesso,

não lembrei do seu aniversário:

foi o h(app)y que avisou.


Alívio: estabelecimento sem wifi.

Ou quando cai a luz

aqui no bairro.

Marcelo Pires

@marcelopiresideiadasilva


Elaboração das atividades Giovana B F Picolo

                                           insta @ana.voig.1

1 Qual o assunto do poema?

2  Você acha que o celular contribui para cometermos erros ortográficos? Argumente.

3  O que se entende por gauche?

4 Você concorda que é chato ser moderno? Explique.

5 Você pensa ser eterno? Esclareça.

6 O que se entende por “dicas de como ser eu mesmo”?

7 Onde essas dicas podem ser vistas ou ouvidas? Comente.

8 O que você entende por “lugar inadequado”?

9 Quem avisou sobre o aniversário?

10 O que é um metaverso?

11 O que leva o autor a ficar aliviado?

12 Você também se sente aliviado quando não tem wifi em algum lugar? Explique.

13 Que motivos leva o autor a se sentir aliviado quando falta a luz em seu bairro? Levante hipóteses.

14 Em sua opinião, como podem ser caracterizados os usuários da Internet? (10 adjetivos)

15 A tecnologia tem afastado ou conectado mais as pessoas? Justifique.

16 O que as pessoas precisam fazer para que não fiquem “viciadas”?

17 Você concorda que tudo tem seu lado bom e ruim? Comente.

18 Justifique o título dado ao poema e aproveite para sugerir outro.

19 Hoje muitas pessoas não lembram números de telefone para ligar, pois tem a agenda; aniverśarios, pois olham em algum App. Em seu ponto de vista, isso é algo bom ou não? Por quê?

20 Você pensa ser correto ir a um estabelecimento comercial e ficar “conectado”? Explique.

21. Você já se sentiu pressionado(a) a ser constantemente "autêntico(a)" nas redes sociais? Como isso afeta sua vida?

22. O poema destaca o alívio de estar em um estabelecimento sem wifi. Como você se sente em relação à ideia de desconectar-se digitalmente de vez em quando?

23. Como as redes sociais influenciam suas relações pessoais e sua percepção de si mesmo(a)?


24. Você já experimentou a cultura do cancelamento ou conhece alguém que tenha passado por isso? Qual é a sua visão sobre esse fenômeno?

25. Como as tecnologias emergentes, como realidade virtual e inteligência artificial, podem influenciar nossa autenticidade e conexões humanas?

26. O poema sugere a ideia de encontrar alívio em atividades analógicas, como quando falta energia ou em locais sem wifi. Como você equilibra o mundo digital e analógico em sua vida?

27. O poema compara a eternidade de Drummond com a temporariedade do eu contemporâneo. Como você interpreta essa comparação e o que ela sugere sobre o legado pessoal?


Promover debate sobre os prós e contras das redes sociais, explorando como elas afetam as relações pessoais e a autoimagem.


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Como você gosta muito de tecnologia, responda para Marcelo Pires, em forma de poema, o que você pensa do uso diário desses aparatos.

Faça uma HQ do poema

Participando do dia sem wifi, incentivando as pessoas a se desconectarem  digitalmente e interagirem face a face. (escreva como você se sentiu)

Reflexão sobre as prioridades na vida moderna, questionando se as pessoas estão investindo tempo suficiente em conexões significativas e experiências autênticas. (entrevista)


No que você está pensando Gioa © 2023 by Giovana Bittencourt Fakenback Picolo is licensed under CC BY-NC-SA 4.0

O celular (Lucy Carvalhar)

 O celular (Lucy Carvalhar)


1990. Eu estava assistindo ao  telejornal e vi uma reportagem sobre o telefone do próximo milênio, um aparelho de telefone  chamado ―celular.

― Celu, o quê?‖ – pensei.

― Celular – repetiu a jornalista.

Fui dormir pensando no assunto. Aprendi, em biologia celular, que  as células são as menores unidades dos seres vivos, com formas e funções definidas. Então, por que celular? Será que ele também é composto por células? Será que está surgindo uma nova organização celular no planeta?

Como naquele tempo, eu não tinha internet, perguntei para alguns colegas de classe se eles sabiam do que era feito um celular, e o porquê deste nome. Mas eles também não sabiam, e não conseguindo encontrar a resposta, resolvi cuidar da minha vida e de coisas mais importantes.

1993. No banheiro da faculdade, vi minha amiga Susana segurando o tal celular. Quando ela me viu, disse que havia acabado de descarregar a sua caixa postal. Então, pensei que ela estivesse se referindo às suas necessidades fisiológicas, e perguntei se ela estava passando bem. Susana, sem entender a minha pergunta, respondeu que estava bem, e que na caixa postal não havia recados de seu noivo. Fiquei sem graça e, naquele momento, entendi que a caixa postal se tratava da caixa de mensagens do estranho aparelho chamado ―celular. ―Que vergonha! – pensei, mas não falei nada. Fiquei apenas observando aquele objeto, que estava nas mãos da minha amiga e que recebia ligações.

  1. Qual foi o ano em que o autor do texto assistiu a uma reportagem sobre o telefone celular?

  2. O que o autor pensou quando ouviu falar pela primeira vez sobre o celular? Como você reagiria nessa mesma data?

  3. O que o autor aprendeu em biologia celular que o levou a questionar o nome "celular" para o telefone? Explique.

  4. O autor acreditava que o celular era composto por células? Por quê?

  5. O autor pesquisou sobre o que o celular era feito? O que descobriu?

  6. Qual foi o episódio que ocorreu em 1993 envolvendo a amiga do autor e o celular? Comente.

  7. De que forma o autor interpretou a frase "descarregar a caixa postal" da amiga?

  8. O que o autor entendeu sobre a caixa postal do celular depois da conversa com a amiga?

  9. Como o autor se sentiu ao perceber o engano que cometeu com a amiga? E você, como se sentiria no lugar dele?

  10. O que o autor observou sobre o celular enquanto estava nas mãos da amiga?

  11. O que é uma caixa postal em um celular? Argumente.

  12. Por que o autor sentiu vergonha após o mal-entendido com a amiga? Explique.

  13. Além de receber ligações, o que mais o celular fazia naquela época? E hoje, o que faz?

  14. Como o autor descreveria sua experiência com o celular até aquele momento?

  15. O que o autor considerava mais importante naquele período, em comparação com o celular?

  16. A perplexidade quanto ao uso de celular ainda está presente nos dias atuais? Comente.

  17. Escreva um pequeno diálogo como se você estivesse conversando com o autor nos tempos de hoje.

  18. Justifique o título do texto e aproveite para sugerir outro.

  19. Faça uma relato através de quadrinhos de como o celular evoluiu desde o tempo de  1990.

  20. Invente uma conversa para o celular, utilizando o modelo antigo e o atual. Clique no link para realizar sua atividade.

  21. Faça uma receita sobre o uso do celular.

  22. Escolha uma ferramenta ou app que você usa e escreva um texto injuntivo ensinando alguém a utilizar.

  23. Como você imagina o mundo sem o celular? Conte em 1 parágrafo.

  24. Em seu ponto de vista, a pessoa que descobriu o celular (no texto) conseguiu se adaptar às inovações? Explique.

  25. Que “gafes” você já cometeu em virtude do uso do celular? Argumente.

  26. Você pensa ser fácil para as pessoas mais velhas esse avanço tecnológico? Explique.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Jogo do preconceito

 Houve uma catástrofe nuclear e o futuro da humanidade depende de apenas 6 pessoas!

Quais dessas abaixo seriam salvas por vocês?!?

01) Jovem aristocrata, homossexual, dono de uma escola voltada para a formação de jovens rapazes.

02) Negro, pastor, teólogo, revolucionário, pacifista, condenado por causar desordem pública.

03) Artesão, desempregado, sem teto, amigo de ladrões, condenado à morte.

04) Músico, filho de uma mulher com sífilis, surdo, homem de temperamento difícil.

05) Criança difícil, não falou nada até os três anos, disléxico, reprovado no Ensino Fundamental, anarquista perseguido pelo FBI.

06) Nerd, tímido, pouco popular na escola, desobedeceu seu pai e abandonou a faculdade de Matemática no terceiro ano para estabelecer seu próprio negócio baseado numa visão considerada visionária.

07) Estudioso, portador de múltiplas deficiências causadas por uma doença degenerativa paralisante e sem cura.

08) Estudioso, não bebe e não fuma, solteiro, grande líder, autor do famoso livro autobiográfica “Minha Luta”.

09) Filho adotivo da aristocracia, grande administrador, admirador da música e do teatro, construiu grandes obras em seu governo. Foi também músico e poeta.

10) Moço tímido, na adolescência foi soldado e trabalhador voluntário, filho de aristocratas, teve educação esmerada. Engenheiro civil, casado e pai de 12 filhos.

11) Prostituta, perseguida e condenada à morte pela justiça de seu tempo.

12) Órfã de pai, tímida, religiosa, fez votos de castidade e tinha graves problemas cardíacos.

13) Filho de imigrantes, foi coroinha, graduado em Direito, condenado a 15 anos de prisão, tendo sido anistiado mais tarde.

14) Órfã, criada em orfanato público, foi adotada várias vezes sem sucesso, até se casar aos 16 anos. Atriz viciada em drogas.

15) Viciado em cocaína, especialista em sexualidade, fumante de cachimbo.

16) O pai se recusou a reconhecer sua paternidade. Ainda jovem foi acusado de atentado violento ao pudor, volúvel, inconstante, sendo pintor deixou muitas obras inacabadas.

A pontuação será dada em aula, mas o grupo deve anotar aqui os números dos que salvariam.

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O jeitinho brasileiro

 O jeitinho brasileiro

Estudos científicos na área da Psicologia entendem um ato corrupto como quando alguém desafia a honestidade e ganha vantagem em cima de outra pessoa. “Parar em fila dupla é corrupção também”, pontua o professor do Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná Sidnei Priolo. “Quem é que garante que quando você para em uma fila de mão dupla não vai prejudicar alguém que está em estado grave numa ambulância?” 

Priolo também cita o pesquisador norte-americano Dan Ariely, que percebeu que os problemas não são apenas os grandes corruptos, mas esses pequenos atos de corrupção – apelidados no Brasil de jeitinho brasileiro. “O Canadá, por exemplo, não tem catracas nos metrôs de várias cidades. A política de punição, que eram profissionais vigiando a população nas estações, aconteceu só na década de 70. O governo deixava as coisas às claras e com políticas educacionais. Hoje, não existe nenhuma vigilância, a população entende que o lugar é de todos” explica.

1 Justifique o título do texto.

2 O que se entende por corrupção?

3 Qual o motivo das aspas utilizadas no texto?

4 Você já praticou algum pequeno ato de corrupção, ou conhece alguém que já tenha praticado (não vale mentir)? Conte como foi.

5 Como a corrupção se inicia? Levante hipóteses.

6 Afinal, o que significa "jeitinho brasileiro”?

7 Por que as pessoas precisam estar sempre sendo vigiadas para fazer a coisa certa? Argumente.

8 Será que isso acontece apenas no Brasil? Comente.

9 Por que os pequenos gestos de corrupção não são levados tão a sério? Explique sua resposta.

10 Que resposta você, como brasileiro, daria a Priolo?

𝔈𝔰𝔠𝔯𝔦𝔱𝔞 𝔠𝔯𝔦𝔞𝔱𝔦𝔳𝔞

Hora de listar: Liste ao menos 9 pequenas corrupções que passam despercebidas no cotidiano.