1. DRUMMOND, COMO VOCÊ ENXERGA SUA VINDA AO MUNDO ?
Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos! Ser guache na vida.
( Poema de Sete Faces. Op. Cit.,p.13)
2. COMO FOI SUA INFÂNCIA?
Minha mãe ficava sentada cosendo
Olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que de Robinson Crusoé.
( Infância, Op. Cit., p.54.)
3. DRUMMOND, VOCÊ ACHA POSSÍVEL UMA EXISTÊNCIA SEM OBSTÁCULOS?
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas rotinas tão fatigadas.
nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
4. O QUE VOCÊ ACHA DA FAMA?
O poeta municipal
discute com o poeta estadual
qual deles é capaz de bater o poeta federal.
Enquanto isso o poeta federal
tira outro do nariz.
(Política Literária, op. Cit.,p.61-62.)
5. VOCÊ CONCORDA QUE O POETA SEMPRE TRAVA UMA LUTA COM A PALAVRA QUANDO QUER EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS?
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto,vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
( Poesia, op. Cit.,p. 65)
6. COMO VOCÊ ENCARA A MONOTONIA DA VIDA ?
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham
Êta vida besta, meu Deus.
(CidadezinhaQualquer.Op.Cit.,p.67)
7. MUITOS CRÍTICOS VÊEM PESSIMISMO EM SUA OBRA. VOCÊ SABERIA DIZER A RAZÃO DESSE PESSIMISMO ?
Perdi o bonde e a esperança
Volto pálido para casa
A rua é inútil e nenhum auto
Passaria sobre meu corpo.
Vou subir a ladeira lente
Em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
Princípio do drama e da flora.
Não sei se estou sofrendo
Ou se é alguém que se diverte
Por que não ? na noite escassa
Com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
Nós gritamos: sim! Ao eterno.
(Soneto de Perdida Esperança .Op.cit.,p.84)
8. VOCÊ SENTE NOSTALGIA EM RELAÇÃO À SUA CIDADE NATAL?
Alguns anos vivi em Itabira
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste,orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
Vem de Itabira, de suas noites brancas,sem mulheres e sem
[ horizontes.]
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
É doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
Este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
Este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
Este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro,tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é penas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
(Confidência de Itabirano.Op.cit.,p.101-102)
9. DRUMMOND,EM ALGUNS VERSOS DE SUA PRIMEIRA OBRA (Alguma Poesia), NOTAMOS UM TIPO DE HUMOR SEMELHANTE AO DOS MODERNISTAS DA PRIMEIRA FASE. DEPOIS, VOCÊ VIVEU A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. O CLIMA DE ANGÚSTIA E DE MEDO REINANTE NA ÉPOCA LEVOU-O A ALTERAR A TEMÁTICA DE SUA OBRA?
Provisoriamente não cantaremos o amor,
Que se refugiou mas abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos, que esteriliza os abraços,
Não cantaremos o ódio porque esse não existe,
Existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
O medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
O medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
Cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
Cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
Depois morreremos de medo
E sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
( Congresso Internacional do Medo.Op.Cit.,p.105)
10. AFINAL, QUAL É A SUA PROPOSTA ENQUANTO POETA?
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade.
0 presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
( Mãos Dadas. Op.Cit.p.111)
11. DRUMMOND, QUAL É A MATÉRIA DA SUA POESIA?
Poeta do finito e da matéria,
cantor sem piedade, sim, sem frágeis lágrimas,
boca tão seca, mas ardor tão casto.
Dar tudo pela presença dos longínquos,
sentir que há ecos, poços, mas cristal,
não rocha apenas, peixes circulando
sob o navio que leva esta mensagem,
e aves de bico longo conferindo
sua derrota, e dois ou três faróis,
últimos! Esperança do mar negro.
Essa viagem é mortal, e começa-la.
Saber que há tudo. E mover-se em meio
a milhões e milhões de formas raras,
secretas,duras. Eis aí meu canto.
( Consideração do Poema. Op. Cit.,p.137-138)
12. ONDE ESTÁ A POESIA, DRUMMOND?
Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos! Ser guache na vida.
( Poema de Sete Faces. Op. Cit.,p.13)
2. COMO FOI SUA INFÂNCIA?
Minha mãe ficava sentada cosendo
Olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que de Robinson Crusoé.
( Infância, Op. Cit., p.54.)
3. DRUMMOND, VOCÊ ACHA POSSÍVEL UMA EXISTÊNCIA SEM OBSTÁCULOS?
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas rotinas tão fatigadas.
nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
4. O QUE VOCÊ ACHA DA FAMA?
O poeta municipal
discute com o poeta estadual
qual deles é capaz de bater o poeta federal.
Enquanto isso o poeta federal
tira outro do nariz.
(Política Literária, op. Cit.,p.61-62.)
5. VOCÊ CONCORDA QUE O POETA SEMPRE TRAVA UMA LUTA COM A PALAVRA QUANDO QUER EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS?
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto,vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
( Poesia, op. Cit.,p. 65)
6. COMO VOCÊ ENCARA A MONOTONIA DA VIDA ?
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham
Êta vida besta, meu Deus.
(CidadezinhaQualquer.Op.Cit.,p.67)
7. MUITOS CRÍTICOS VÊEM PESSIMISMO EM SUA OBRA. VOCÊ SABERIA DIZER A RAZÃO DESSE PESSIMISMO ?
Perdi o bonde e a esperança
Volto pálido para casa
A rua é inútil e nenhum auto
Passaria sobre meu corpo.
Vou subir a ladeira lente
Em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
Princípio do drama e da flora.
Não sei se estou sofrendo
Ou se é alguém que se diverte
Por que não ? na noite escassa
Com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
Nós gritamos: sim! Ao eterno.
(Soneto de Perdida Esperança .Op.cit.,p.84)
8. VOCÊ SENTE NOSTALGIA EM RELAÇÃO À SUA CIDADE NATAL?
Alguns anos vivi em Itabira
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste,orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
Vem de Itabira, de suas noites brancas,sem mulheres e sem
[ horizontes.]
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
É doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
Este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
Este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
Este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro,tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é penas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
(Confidência de Itabirano.Op.cit.,p.101-102)
9. DRUMMOND,EM ALGUNS VERSOS DE SUA PRIMEIRA OBRA (Alguma Poesia), NOTAMOS UM TIPO DE HUMOR SEMELHANTE AO DOS MODERNISTAS DA PRIMEIRA FASE. DEPOIS, VOCÊ VIVEU A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. O CLIMA DE ANGÚSTIA E DE MEDO REINANTE NA ÉPOCA LEVOU-O A ALTERAR A TEMÁTICA DE SUA OBRA?
Provisoriamente não cantaremos o amor,
Que se refugiou mas abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos, que esteriliza os abraços,
Não cantaremos o ódio porque esse não existe,
Existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
O medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
O medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
Cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
Cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
Depois morreremos de medo
E sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
( Congresso Internacional do Medo.Op.Cit.,p.105)
10. AFINAL, QUAL É A SUA PROPOSTA ENQUANTO POETA?
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade.
0 presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
( Mãos Dadas. Op.Cit.p.111)
11. DRUMMOND, QUAL É A MATÉRIA DA SUA POESIA?
Poeta do finito e da matéria,
cantor sem piedade, sim, sem frágeis lágrimas,
boca tão seca, mas ardor tão casto.
Dar tudo pela presença dos longínquos,
sentir que há ecos, poços, mas cristal,
não rocha apenas, peixes circulando
sob o navio que leva esta mensagem,
e aves de bico longo conferindo
sua derrota, e dois ou três faróis,
últimos! Esperança do mar negro.
Essa viagem é mortal, e começa-la.
Saber que há tudo. E mover-se em meio
a milhões e milhões de formas raras,
secretas,duras. Eis aí meu canto.
( Consideração do Poema. Op. Cit.,p.137-138)
12. ONDE ESTÁ A POESIA, DRUMMOND?
Penetra surdamente no meio das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escreve-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
(Procura da Poesia. Op. Cit.,p.138-139)
13. E DEUS?
Responde, por favor: Deus é quem sabe?
Sabe Deus o que faz?
Deus dá o pão, não amassa a farinha?
Deus o dá, Deus o leva?
Pertence-lhe o futuro?
Deus te dá saúde? Deus ajuda?
a quem cedo madruga?
Será que Deus não dorme?
E é Deus por todos, cada um por si?
Deus consente, mas nem sempre? Deus
perdoa,Deus castiga?
Deus me livra ou salva?
Deus vê o que o diabo esconde?
De hora em hora Deus melhora?
Mas é se Deus quiser?
E Deus quer?
Deus está em nós? E nós,
responde, estamos nele?
(Rifoneiro Divino.In: A Paixão Medida.Rio de Janeiro,Liv.José Oliympio Ed.,1980.p.56)
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escreve-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
(Procura da Poesia. Op. Cit.,p.138-139)
13. E DEUS?
Responde, por favor: Deus é quem sabe?
Sabe Deus o que faz?
Deus dá o pão, não amassa a farinha?
Deus o dá, Deus o leva?
Pertence-lhe o futuro?
Deus te dá saúde? Deus ajuda?
a quem cedo madruga?
Será que Deus não dorme?
E é Deus por todos, cada um por si?
Deus consente, mas nem sempre? Deus
perdoa,Deus castiga?
Deus me livra ou salva?
Deus vê o que o diabo esconde?
De hora em hora Deus melhora?
Mas é se Deus quiser?
E Deus quer?
Deus está em nós? E nós,
responde, estamos nele?
(Rifoneiro Divino.In: A Paixão Medida.Rio de Janeiro,Liv.José Oliympio Ed.,1980.p.56)
Alunos: Vitor Angel e Jeonice Marques.
ResponderExcluirTurma:232
Entrevista com Fernando Pessoa.
1-Fernando, como foi sua infância?
Eu fui criança como toda gente.
Nasci numa província portuguesa
E tenho conhecido gente inglesa
Que diz que eu sei inglês perfeitamente.
(Opiário – Cit., p.77)
2-Para você o que é o poeta?
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que Chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Nas só a que eles não têm.
(Autopsicografia – Cit., p.176)
3-Como você “vê” o seu “ser”?
Sou quem falhei ser.
Somos todos quem nos supusemos.
A nossa realidade é o que não conseguimos nunca.
(Pecado Original – Cit., p.388)
4-O que você pensa depois que escreve um poema?
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...
(Datilografia – Cit., p.394)
5-E o que é o amor para você?
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p`ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
(Presságio – Cit., p.513)
6-Mas quem você realmente ama?
Quem amo não existe.
Vivo indeciso e triste.
Quem quis ser já me conhece
Quem sou não me conhece.
(Inéditas – 1919 -1935 Cit., p.500)
7-E quanto a felicidade, o que é ser feliz para você?
Ser feliz é ser aquele.
E aquele não é feliz,
Por que pensa dentro dele
E não dentro do que eu quis.
A gente faz o que quer
Daquilo que não é nada,
Mas falha se o não fizer,
Fica perdido na estrada.
(Inéditas – 1919 – 1935 Cit., p.548)
8-Qual o seu conceito sobre a morte?
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre –
Esse rio sem fim.
A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
(Isto – Cit., p.171)
9-E Deus?
Deus é um grande Intervalo,
Mas entre quê e quê?...
Entre o que digo e o que calo
Existo? Quem é o que me vê?
Erro-me... E o pombal elevado
Está em torno na pomba, ou de lado?
(Além-Deus – Cit., p.113)
10-Para finalizar qual conselho você deixa para os nossos queridos leitores?
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
(Odes de Ricardo Reis – Cit., p.270)
Fonte: “Obra Poética” Ed.Nova Fronteira, “Poemas Escolhidos” Zero Hora Ed.Klick.
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ResponderExcluirMariele Candido e Marcelo Santos
ResponderExcluirTurma - 231
Entrevista com Mario Quintana
1)O senhor já teve um amor não correspondido?
Eu agora — que desfecho!
Já nem penso mais em ti…
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
(Poema- Do amoroso esquecimento)
2)O que o senhor lembra de sua infância?
Havia um corredor que fazia cotovelo:
Um mistério encanando com outro mistério, no escuro…
Mas vamos fechar os olhos
E pensar numa outra cousa…
Vamos ouvir o ruído cantado, o ruído arrastado das correntes no algibe,
Puxando a água fresca e profunda.
Havia no arco do algibe trepadeiras trêmulas.
Nós nos debruçávamos à borda, gritando os nomes uns dos outros,
E lá dentro as palavras ressoavam fortes, cavernosas como vozes de leões.
Nós éramos quatro, uma prima, dois negrinhos e eu.
Havia os azulejos, o muro do quintal, que limitava o mundo,
Uma paineira enorme e, sempre e cada vez mais, os grilos e as estrelas…
Havia todos os ruídos, todas as vozes daqueles tempos…
As lindas e absurdas cantigas, tia Tula ralhando os cachorros,
O chiar das chaleiras…
Onde andará agora o pince-nez da tia Tula
Que ela não achava nunca?
A pobre não chegou a terminar o Toutinegra do Moinho,
Que saía em folhetim no Correio do Povo!…
A última vez que a vi, ela ia dobrando aquele corredor escuro.
Ia encolhida, pequenininha, humilde. Seus passos não faziam ruído.
E ela nem se voltou para trás!
(Poema- Segunda canção de muito longe.)
3)O que tenta passar para os leitores?
Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo —
para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.
(Poema- Emergência)
4)Como o senhor enfrenta as críticas?
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!
(Poema- Poeminho do contra)
5)Gosta de animais domésticos?
O mais feroz dos animais domésticos
é o relógio de parede:
conheço um que já devorou
três gerações da minha família.
(Poema- Relógio)
6)Porque o senhor gosta de poemas?
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
(Poema- Os poemas)
7)Já desistiu de fazer algo por medo de ser criticado?
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…
(Poema- Esperança)
8)Como é sua vida hoje em dia?
Antes, todos os caminhos iam.
Agora todos os caminhos vêm
A casa é acolhedora, os livros poucos.
E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.
(Poema- Envelhecer)
9)O senhor é feliz?
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arrancar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
(Poema- A Rua dos Cataventos)
10)O que espera do futuro?
Esse tic-tac dos relógios
é a máquina de costura do Tempo
a fabricar mortalhas.
(Poema- Tic-Tac)
Entrevista com Drummond
ResponderExcluirVanessa Zanella e Jhullia Matté 232
1. O que você pensa a respeito do medo?
Em verdade temos medo.
Nascemos no escuro.
As existências são poucas;
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.
E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
Vadeamos.
(O medo. Liv A rosa do povo; pg 35)
2. Como é a noite para você?
É noite. Sinto que é noite
não porque a sombra descesse
(bem me importa a face negra)
mas porque dentro de mim,
no fundo de mim, o grito
se calou, fez-se desânimo.
Sinto que nós somos noite,
que palpitamos no escuro
e em noite nos dissolvemos.
Sinto que é noite no vento,
noite nas águas, na pedra.
E que adianta uma lâmpada?
E que adianta uma voz?
É noite no meu amigo.
É noite no submarino.
É noite na roça grande.
É noite, não é morte, é noite
de sono espesso e sem praia.
Não é dor, nem paz, é noite,
é perfeitamente a noite.
(Passagem da noite. Liv A rosa do povo; pg 48)
3. O que você pensa sobre o passado?
De tudo ficou um pouco
Do meu medo. Do teu asco.
Dos gritos gagos. Da rosa
ficou um pouco
Ficou um pouco de luz
captada no chapéu.
Nos olhos do rufião
de ternura ficou um pouco
(muito pouco).
(Resíduo. Liv A rosa do povo; pg 92)
4. O que você pensa sobre a morte?
Acordo para a morte.
Barbeio-me, visto-me, calço-me.
É meu último dia: um dia
cortado de nenhum pressentimento.
Tudo funciona como sempre.
Saio para a rua. Vou morrer.
Não morrerei agora. Um dia
inteiro se desata à minha frente
Um dia como é longo. Quantos passos
na rua, que atravesso. E quantas coisas
que há no tempo, acumuladas. Sem reparar,
sigo meu caminho. Muitas faces
comprimem-se no caderno de notas.
(Morte no avião. Liv A rosa do povo; pg 120)
5. Como foi sua infância, gostaria de crescer em enfrentar a vida?
As lições da infância
desaprendidas na idade madura.
Já não quero palavras, nem delas careço.
Tenho todos os elementos
Ao alcance do braço.
Todas as frutas
e consentimentos.
Nenhum desejo débil.
Nem mesmo sinto falta
do que me completa e é quase sempre melancólico.
Estou solto no mundo largo.
Lúcido cavalo
com substância de anjo
circula através de mim.
Sou varado pela noite, atravesso os lagos frios,
Absorvo epopéia e carne,
bebo tudo,
desfaço tudo,
torno a criar, a esquecer-me:
Durmo agora, recomeço ontem.
(Idade Madura. Liv A rosa do povo; pg 142)
[Continuação]
ResponderExcluir6. O que você pensa sobre a velhice?
Sinto que o tempo sobre mim abate
sua mão pesada. Rugas, dentes, calva...
Uma aceitação maior de tudo,
e o medo de novas descobertas.
Escreverei sonetos de madureza?
Darei aos outros a ilusão de calma?
Serei sempre louco? sempre mentiroso?
Acreditarei em mitos? Zombarei do mundo?
Há muito suspeitei o velho em mim.
Ainda criança, já me atormentava.
Hoje estou só. Nenhum menino salta
de minha vida, para restaurá-la.
( Versos á boca da noite. Liv A rosa do povo; pg 145)
7. Qual a sua visão sobre o mundo?
Meus olhos são pequenos para ver
a massa de silêncio concentrada
por sobre a onda severa, piso oceânico
esperando a passagem dos soldados.
Meus olhos são pequenos para ver
luzir na sombra a foice da invasão
e os olhos no relógio, fascinados,
ou as unhas brotando em dedos frios.
Meus olhos são pequenos para ver
o general com seu capote cinza
escolhendo no mapa uma cidade
que amanhã será pó e pus no arame.
(Visão 1944. Liv A rosa do povo; pg 165)
8. O que o tempo significa com sua vida?
Um minuto, um minuto de esperança,
e depois tudo acaba. E toda crença
em ossos já se esvai. Só resta a mansa
decisão entre morte e indiferença.
Um minuto, não mais, que o tempo cansa,
e sofisma de amor não há que vença
este espinho, esta agulha, fina lança
a nos escavacar na praia imensa.
( A Distribuição do tempo. Liv José e outros; pg 61)
9. Drummond como foi seu dia?
Ganhei (perdi) meu dia.
E baixa a coisa fria
também chamada noite, e o frio ao frio
em bruma se entrelaça, num suspiro.
E me pergunto e me respiro
na fuga deste dia que era mil
para mim que esperava
os grandes sóis violentos, me sentia
tão rico deste dia
e lá se foi secreto, ao serro frio.
(Elegia. Liv José e outros; pg 81)
10. Gosta do lugar onde vive?
Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.
Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
anunciou vida ao meu lado.
Certo não é vida humana,
mas é vida. E sinto a bruxa
presa na zona de luz.
De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto…
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?
( A Bruxa. Liv José e outros; pg 97)
11. Qual seu animal de estimação?
Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.
Um tanto de madeira
tirado a velhos moveis
talvez lhe dê apoio.
E o encho de algodão,
de paina, de doçura.
A cola vai fixar
suas orelhas pensas.
A tromba se enovela,
e é a parte mais feliz
de sua arquitetura.
Mas há também as presas,
dessa matéria pura
que não sei figurar.
( O elefante. Liv A rosa do povo; pg 104)
Alunos: Raiane e Noerci.
ResponderExcluirTurma:232.
Entrevista com Vinicius de Moraes.
1-Nos tempos de infância,devido a várias mudanças de residência. Quais são as lembranças de suas casas?
R: Era uma casa muito engraçada não tinha teto não tinha nada ninguém podia entrar nela por que na casa não tinha chão.
2-Tens saudades de sua infância?
R: Houve tempo... E em verdade eu vos digo havia tempo para a peteca e tempo para o soneto tempo para trabalhar e tempo para dar tempo ao tempo.
3-Ao notar as transformações de sua cidade (evolução urbana) algo para recitar para nós?
R: Houve um tempo em que um morro era apenas um morro e não uma camelô de colete brilhante piscando intermitente o grito de socorro da livre concorrência: um pequeno gigante que nunca se curvava, ou somente nos dias em que maluco praticava acrobacias.
4-O que o coração dizia ao ir embora a cada mudança de endereço?
R: E sai levando a família a ver: enquanto, em bonança colorida maravilha brilha ao arco da aliança.
5-Se apaixonou por alguma amiga ao longo de sua vida? Traduza em poesia.
R: Amiga,infinitamente amiga.
Em algum lugar teu coração bate por mim.
Em algum teus olhos se fecham a ideia dos meus.
6-Qual o encanto de ter várias mulheres?
R: Houve tempo em que dizia: LU-GO-LI-NAU, loura; o morena; i ; ruiva a mulata!
Vogais! Tônico para o cabelo da poesia já escrevi, certa vez, vossa triste balada entre os minuetos.
7-Qual a arma que usava para conquistar várias mulheres?
R: Minha nudez é absoluta meus olhos são espelhos para o teu desejo e meu peito é tábua de suplícios.
8-Traduza em poesia o que sentia quando se apaixonava novamente?
R: As vezes, nessas noites frias e enevoadas
Onde o silêncio nasce dos ruídos monótonos e mansos
Essa estranha visão de mulher calma.
9-Como as conquistava?
R: Deusa,visão dos céus que me domina tu que és mulher e mais nada.
10-Ao se separar o que pensava?
R: Eu só verei a parta que se vai fechando brandamente... Ela terá ido, a esposa amiga, a esposa que eu nunca terei.
Alunos: Raiane e Noerci.
ResponderExcluirTurma:232.
Entrevista com Vinicius de Moraes.
1-Nos tempos de infância,devido a várias mudanças de residência. Quais são as lembranças de suas casas?
R: Era uma casa muito engraçada não tinha teto não tinha nada ninguém podia entrar nela por que na casa não tinha chão.
2-Tens saudades de sua infância?
R: Houve tempo... E em verdade eu vos digo havia tempo para a peteca e tempo para o soneto tempo para trabalhar e tempo para dar tempo ao tempo.
3-Ao notar as transformações de sua cidade (evolução urbana) algo para recitar para nós?
R: Houve um tempo em que um morro era apenas um morro e não uma camelô de colete brilhante piscando intermitente o grito de socorro da livre concorrência: um pequeno gigante que nunca se curvava, ou somente nos dias em que maluco praticava acrobacias.
4-O que o coração dizia ao ir embora a cada mudança de endereço?
R: E sai levando a família a ver: enquanto, em bonança colorida maravilha brilha ao arco da aliança.
5-Se apaixonou por alguma amiga ao longo de sua vida? Traduza em poesia.
R: Amiga,infinitamente amiga.
Em algum lugar teu coração bate por mim.
Em algum teus olhos se fecham a ideia dos meus.
6-Qual o encanto de ter várias mulheres?
R: Houve tempo em que dizia: LU-GO-LI-NAU, loura; o morena; i ; ruiva a mulata!
Vogais! Tônico para o cabelo da poesia já escrevi, certa vez, vossa triste balada entre os minuetos.
7-Qual a arma que usava para conquistar várias mulheres?
R: Minha nudez é absoluta meus olhos são espelhos para o teu desejo e meu peito é tábua de suplícios.
8-Traduza em poesia o que sentia quando se apaixonava novamente?
R: As vezes, nessas noites frias e enevoadas
Onde o silêncio nasce dos ruídos monótonos e mansos
Essa estranha visão de mulher calma.
9-Como as conquistava?
R: Deusa,visão dos céus que me domina tu que és mulher e mais nada.
10-Ao se separar o que pensava?
R: Eu só verei a parta que se vai fechando brandamente... Ela terá ido, a esposa amiga, a esposa que eu nunca terei.
Fernanda morais e Renan Antônio
ResponderExcluirTurma:231
Entrevista com Érico Verissimo
1.O que é amizade para o senhor?
A amizade é um amor que nunca morre.
Amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,
alguns descobre, mas poucos reconhecem.
Amizade quando é sincero o esquecimento é impossivel.
2.O que significa felicidade para você?
A felicidade não é um prêmio , e sim uma consequência,
a solidão não é um castigo, e sim um resultado.
A felicidade não está no fim da jornada, e sim cada curva
do caminho que percorremos para encontrá-la.
3.Qual é a maior fraqueza de uma pessoa no seu ponto de vista?
A maior fraqueza de uma pessoa é trocar
aquilo que ela mais deseja na vida, por
aquilo que ele deseja no momento.
4.o que o senhor acha a respeito de um obstáculo em seu caminho?
A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque
as grande logo agente encherga.
5.O que a persistência e a solidão significam para o senhor?
A persistência é o caminho do êxito.
A pior solidão é aquela que sente na
companhia dos outros.
A solidão é um gota no oceno que so olha
para si mesmo.... uma gota que não sabe
que é oceno...
6. Qual seu ponto de vista nessa frase, "Na tua obrigação durante sua existência"?
A única obrigação durante toda a existência é seres verdadeiro
para contigo proprio.
A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais
poderá apagar.
7.Por que algumas pessoas acham cultas a verdadeira libertade?
A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si.
Amigo de verdade é aquele que transforma
um pequeno momento em um grande instante.
8.Na sua opinião amigos são como flores?
Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer.
Amigo é aquele que conhece todos os seus
segredos e mesmo assim gosta de você!
Amigos são como flores cada um tem seu encanto
poriso cultive-os.
9.Quando uma pessoa que você não conhece acaba entrando em sua vida, você acha que é por acaso?
As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não
é por acaso que elas permanecem.
Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,
dando-lhes sempre algum significado.
10. O que você pode ter certeza sobre a felicidade?
Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor
meio de ser infeliz.
Faça amizade com bondade das pessoas, nunca com
seus bens!
Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se
passando inutilmente.
Autor: Érico Verissimo
Fernanda morais e Renan Antônio
ResponderExcluirTurma:231
Entrevista com Érico Verissimo
1.O que é amizade para o senhor?
A amizade é um amor que nunca morre.
Amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,
alguns descobre, mas poucos reconhecem.
Amizade quando é sincero o esquecimento é impossivel.
2.O que significa felicidade para você?
A felicidade não é um prêmio , e sim uma consequência,
a solidão não é um castigo, e sim um resultado.
A felicidade não está no fim da jornada, e sim cada curva
do caminho que percorremos para encontrá-la.
3.Qual é a maior fraqueza de uma pessoa no seu ponto de vista?
A maior fraqueza de uma pessoa é trocar
aquilo que ela mais deseja na vida, por
aquilo que ele deseja no momento.
4.o que o senhor acha a respeito de um obstáculo em seu caminho?
A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque
as grande logo agente encherga.
5.O que a persistência e a solidão significam para o senhor?
A persistência é o caminho do êxito.
A pior solidão é aquela que sente na
companhia dos outros.
A solidão é um gota no oceno que so olha
para si mesmo.... uma gota que não sabe
que é oceno...
6. Qual seu ponto de vista nessa frase, "Na tua obrigação durante sua existência"?
A única obrigação durante toda a existência é seres verdadeiro
para contigo proprio.
A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais
poderá apagar.
7.Por que algumas pessoas acham cultas a verdadeira libertade?
A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si.
Amigo de verdade é aquele que transforma
um pequeno momento em um grande instante.
8.Na sua opinião amigos são como flores?
Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer.
Amigo é aquele que conhece todos os seus
segredos e mesmo assim gosta de você!
Amigos são como flores cada um tem seu encanto
poriso cultive-os.
9.Quando uma pessoa que você não conhece acaba entrando em sua vida, você acha que é por acaso?
As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não
é por acaso que elas permanecem.
Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,
dando-lhes sempre algum significado.
10. O que você pode ter certeza sobre a felicidade?
Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor
meio de ser infeliz.
Faça amizade com bondade das pessoas, nunca com
seus bens!
Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se
passando inutilmente.
Autor: Érico Verissimo
Componentes: Marair do Amaral Costa
ResponderExcluirFabiola Longhi da Costa
Turma: 232
Entrevista com Orides Fontela
1)O que pensa do mundo em que vivemos?
Sobre a paisagem um ponto
De luz cósmica completa
e cena fixa
que não a encerra.
A estrela completa
a unidade em que
não habita.
(ESTRELA, pg: 67)
2)O que acha em relação há vida?
O verbo?
Embebê-lo de denso
Vinho.
A vida?
Dissolvê-la no intenso
Júbilo.
(ODES, pg:117)
3)Relate alguns momentos de sua infância?
Atira
a
bola
alto
MAIS ALTO
Cristal acima do universo.
(JOGO, pg:107)
4)Como você expressa suas memórias?
Interfecundam-se no mesmo
Bloco de ser e de silêncio
Coluna viva em que a memória
Cindiu-se em dois horizontes.
(OPOSIÇAO, pg:116)
5) Como avalia seu trabalho?
Saber seu centro: vazio
esplendor além
da vida
e vida além
da memória.
(POEMA, pg:149)
6)O que faz você contradizer algo?
O que faço des
faço
o que vivo des
Vivo
o que amo des
amo
(meu “sim” traz o “ não”
no seio).
(PENÉLOPE,pg:169)
7)O que pensa do mundo caótico?
Apenas pura
Perda, sussurro
de lento canto
que auto-esvazia-se
e- inútil-
tomba
evanescendo-se
na transparência.
(AS PARCAS, pg:171)
8)Como expressa seu silêncio?
O silêncio sem cor nem peso
(vacuidade) sustenta
Agudas sementes-Júbilo-
Da lucidez nunca
Extinta.
Grandes estrelas fixas.
(NOTURNO, pg:178)
9) Como descreve o amor?
Doce perfume des
falecente, rosa
mais-que-perfeita: solta
em voo
puro.
Doce pétalas vivas.
(ROSA(II), pg:182)
10) Como define o tempo?
O tempo cumpre-se.Constrói-se
A evanescente forma
Ser
e
ritmo.
(CICLO(II), pg:184)
11)Como define o começo e o fim de suas obras?
O início? O mesmo fim.
O fim? O mesmo início.
Não há fim nem início. Sem história
o ciclo dos dias
vive-nos.
(ODE, pg:191)
12)O que carrega com sigo de mais valioso em sua memória?
Da avó materna:
Uma toalha(de batismo).
Do pai:
Um martelo
Um alicate
torquês
Duas flautas.
Da mãe:
Um pilão
Um caldeirão
Um lenço.
(HERANÇA, pg:204)
13)O que mais admira do mundo?
Duas coisas: a dura lei
Cobrindo-me
e o estrelado céu
dentro de mim.
(KANT(RELIDO), pg:204)
Fonte: Poesia Reunida
Ed. Cosacnaify
TRABALHO DE LITERATURA
ResponderExcluirDupla: Jaqueline Rodrigues, Fernanda Mendes
Professor(a): Giovana
Entrevista com Mario Quintana.
1. Com que você compara a tristeza?
R: Não há nada mais triste do que o grito de um trem no silêncio
noturno. É a queixa de um estranho animal perdido, único
sobrevivente de alguma espécie extinta, e que corre, corre,
desesperado, noite em fora, como para escapar à sua
orfandade e solidão de monstro.
(Desespero, pg.81)
2. O que as tardes lembram?
R:Triste encanto das tardes borralheiras
Que enchem de cinza o coração da gente!
A tarde lembra um passarinho doente
A pipilar os pingos das goteiras...
(Triste encanto,pg.44)
3. Como é a sua rua?
R:É a mesma ruazinha sossegada,
Com as velhas rondas e as canções de outrora...
E os meus lindos pregões da madrugada
Passam cantando ruazinha em fora!
(É a mesma ruazinha sossegada,pg.52)
4. Que tipos de poemas existem?
R:Triste...
Solitário.
Único .
Ferido de mortal beleza.
(O poema,pg.20)
5. Como é o meu amigo?
R:Olha! É como um vaso
De porcelana rara o teu amigo.
Nunca te sirvas dele... Que perigo!
Quebrar-se-ia, acaso...
(Do espelho mágico,pg.77)
6. Como deveria ser a morte?
R:A morte deveria ser assim:
um céu que pouco a pouco anoitesse
e a gente nem soubesse que era o fim...
(Este quarto,pg.53)
7. Como é a vida de um doente?
R:Este quarto de enfermo, tão deserto
de tudo, pois nem livros eu já leio
e a própria vida eu a deixei no meio
como um romance que ficasse aberto...
(Este quarto,pg.53)
8. Qual é a ocupação dos grilos?
R: Os grilos abrem frinchas no silêncio.
Os grilos trincam as vidraças negras da noite.
E o silêncio das vastas solidões noturnas
é uma rede tecida de cricrilos...
(Os grilos,pg.100)
9. O que te recorda o passado?
R:Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
(Recordo ainda,pg.25)
10. O que você quer quando morrer?
R:Quando eu morrer e no fresor da lua
Da casa nova me quedar a sós ,
Deixe-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!
(Quando eu morrer,pg.112)
11.O que você diz para seus leitores?
R:Fere de leve a frase... E esquece... Nada...
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.
(Do espelho mágico,pg.77)
Fonte: fragmentos retirados do livro “Melhores Poemas de Mario Quintana” Ed. Global.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAline Duarte e Jaíne Longhi...
ResponderExcluirTurma 231
Entrevista com Vinícius de Moraes
1 – Vinícius, o que é a felicidade para você?
A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
Em é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem
(A Felicidade)
2- A distância se resume no que para você ?
Tomara
Que você volte de pressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, e se arrependa
E pense muito
Que é melhor sofrer junto
Que viver feliz sozinho
(Soneto de Fidelidade)
3- O amor pode nos fazer sofrer e ao mesmo tempo nos trazer paz de espírito?
Eu amei
Eu amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei
A o sentir que iria sofrer
E me desesperar
Foi então
Que da minha infinita surpresa
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Por que o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz
(Amor em Paz)
4- O que é ser amigo para você?
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não se explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho da minha alma multiplica
(Soneto do Amigo)
5- Você já foi separado de repente, de pessoas que eram importantes para você?
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a ultima chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
Fez-se do amigo mais próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente não mais que de repente
(Soneto de Separação)
6- Você sente falta de sua pátria?
A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.
(Pátria Minha)
7- O que você acha da vida?
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
(Dialética)
8-Quem foi Noé?
Noé, o inventor da uva e que, por justo e temente
Jeová, clementemente salvou da praga da chuva.
(A Arca de Noé)
9-O foi a bomba atômica ?
A bomba atômica é triste
Coisa mais triste não há
Quando cai, cai sem vontade
Vem caindo devagar
Tão devagar vem caindo
Que dá tempo a um passarinho
De pousar nela e voar...
Coitada da bomba atômica
Que não gosta de matar!
( A Bomba Atômica)
10- Como era a cachorrinha ?
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?
Uau, uau, uau, uau!
Uau, uau, uau, uau!
( A Cachorrinha)
Nome: Rodrigo e Juliano
ResponderExcluirTurma:231
Autor: Graciliano Ramos
1.O que está frase quer dizer " Dizes que brevemente serás metade de minha alma". argumente.
Naõ: Já agora és não a metade, ,as toda.
Dou-te a alma inteira, deixe-me apenas um
pequena parte para que eu possa exisitir por
algum tempo e adorar-te.
2. O que você acha sobre a paixão?
Acho medonho alguém viver sem paixão.
3. Mulher e homem?
Penso que é esquisito este costumer de viverem
os machos apartados das femêas.
4.Na sua opinião, o que é escrever?
Quem escreve deve ter todo cuidado para
a coisa não sair molhada.
A página que foi escrita não deve pingar
nenhuma palavra a não ser as desnecessárias.
5.Quais lugares os senhor tem preferência para buscar livros?
Certos lugares que me davam prazer
tornaram-se odiosos.
Passo adiante de livraria olhos os desgate
de vitrines, tenho a impressão de que se
acaham ali pessoas exibindo títulos e preços nos rostos,
6. Portituição é?
Escolher marido por dinheiro.
Que Miséria! Não há pior especie
de prostituição.
7.Amadurecer o coracão é um ponto positivo?
Queria endurecer o coração eliminar
o passado fazer com que faça emendo um período —
riscar, engrossar os riscos e transformá-los em borrões, suprimir todas as letras, não deixar vestígio de idéias obliteradas.
8.Você gosta da maneira como os outros escritores escrevem?
Os escritores brasileiro e falo dos faccionistas de
agora e mesmo os do passado, podem no meu
entender ser divididos em duas categorias:
os que têm uma 'maneira' de escrever,
e são poucos, e os que têm 'jeito', que
são alguns mais numerosos. O resto é porcaria.
9.Quando se gosta de uma pessoa?
Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta.
Só a presença, não é necessário mais nada.
10.Qual a coisa que o homem poderá ter certeza?
Se a única coisa que de o homem terá certeza é a morte;
a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano.
Nome: Leandro Soares e Mateus Ramos
ResponderExcluirAutor: Vinícius de Morais
1. Vinicius como é a pátria na sua opinião?
A minha pátria é como se não fosse,
É intima doçura e vontade de chorar;
Uma criança dormindo é minha pátria
2.Para que fomos feitos?
Para lembrar e ser lembrados,
Para chorar e fazer chorar.
3. A morte é....
De repente nunca mais esperamos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
4. Qual o primeiro pensamento quando se fala de Hiroshima?
Penso em crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas, pensem
Nas feridas como rosas cálidas
5. O que é fidelidade para você?
De tudo ao meu amor serei atento,
Antes, e com tal zero e sempre,
E tanto que mesmo em face do
Maior encanto...
Dele se encanta mais meu pensamento
6. E seu amor?
Posso dizer do amor (que tive)
Que não seja imoral, posto que é chama
Mas que não seja infinito enquanto dure.
7.Agora sobre mulher... Mulher feia é?
As muitas feias que me perdoem,
Mas beleza é fundamental.
8.Caracterize uma mulher.
Pés e mãos devem conter elementos
Góticos discretos.
A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços,
No dorso e na face e na reentrâncias tenham
Temperatura nunca inferior a 37° centígrados
9.Quando se olha no olho de uma mulher, como prefere?
Que sejam de preferência grandes e de rotação pelo menos
Tão lentas quanto a da terra.
10.Na frase “ Essa mulher é um mundo” argumente.
Talvez uma cadela – mas na moldura de uma
Cama…. Mulher nenhuma foi tão bela.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBruna e Stéfani
ExcluirCarlos Durmmond de Andrade
Como você vê a vida?
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
Essa total explicação da vida,
Esse nexo primeiro e singular,
Que nem concebes mais, pois tão esquivo
Se revelou ante a pesquisa ardente
Em que te consumiste… vê, contempla,
Abre teu peito para agasalhá-lo.”
(poema a máquina do mundo)
E o medo?
Existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas
(poema Congresso Internacional do Medo)
Como é o homem atrás do bigode?
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
(poema das sete faces)
Como é o próprio amor?
O próprio amor se desconhece e maltrata.
O próprio amor se esconde, ao jeito dos bichos caçados;
não está certo de ser amor, há tanto lavou a memória
das impurezas de barro e folha em que repousava. E resta,
perdida no ar, por que melhor se conserve,
uma particular tristeza, a imprimir seu selo nas nuvens.
(poema tarde de maio)
Significado de mãe?
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
(Poema Para Sempre)
O que é o amor para você?
Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.
(poema as sem-razões do amor)
Temes a velhice?
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.
( poema os ombros suportam o mundo)
No que estava sonhando?
Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz amarelo: "Neste país é proibido sonhar." Amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão Mas as coisas findas muito mais que lindas essas ficarão.
(poema sentimental)
Quando criança, o que pensava em ser?
Que vai ser quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três.
(poema verbo ser)
Como é o namoro atual?
O amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.
(poema Não se mate)
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