Após o envio, nada mais justo que uma resposta!!!
Os alunos gostaram muito de escrever aos SACs e ter como resposta diversas receitas...
Blog para compartilhar atividades, sendo que a maioria delas já apliquei em meus alunos, portanto... nada de pedir respostas!
sábado, 5 de dezembro de 2015
Correio
Durante as aulas de Escrita fomos ao correio para lembrar como é emocionante ficar esperando respostas para nossas cartas...Afinal, hoje nos esquecemos da importância dos Correios...
Consciência negra
Este ano, superação total...
Frases em inglês, criação de personagens com litros e também flores de fuxico...
Valeu... 231, 232, 222 e 221!!!
Biblioteca Monteiro Lobato
Durante o segundo semestre ocorreram várias mudanças na biblioteca da EMEBP Tadeu Silveira:
1- O lugar foi todo modificado, tendo sido tirados livros didáticos e colocados em outro lugar da escola, para ampliar o espaço para leitura;
2- Maleta viajante para cada sala, sendo que o EFI levava livrinhos com um tipo de ficha para preencher e o EFII com recontação de histórias e outro tipo de ficha;
3- Foram feitos palitoches para contação, caixa para criação de história, bonecos de lata para a estante e também concursos: a- nome da biblioteca (com votação de alunos, professores e funcionários); b- sorteio de brindes para quem descobre de que livros foram tirados os desenhos do mural;
4- murais nas salas de aula, incentivando leituras.
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Ervas Medicinais 6º B
Aqui é o espaço reservado para os alunos do 6º B publicarem suas receitas de chás e simpatias partindo de ervas medicinais.
Não esqueçam de colocar os ingredientes, o modo de preparo e o nome da receita (ou para que serve)
Ervas Medicinais 6º A
Aqui é o espaço reservado para os alunos do 6º A publicarem suas receitas de chás e simpatias partindo de ervas medicinais.
Não esqueçam de colocar os ingredientes, o modo de preparo e o nome da receita (ou para que serve).
domingo, 16 de agosto de 2015
Entrevista com Drummond
1. DRUMMOND, COMO VOCÊ ENXERGA SUA VINDA AO MUNDO ?
Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos! Ser guache na vida.
( Poema de Sete Faces. Op. Cit.,p.13)
2. COMO FOI SUA INFÂNCIA?
Minha mãe ficava sentada cosendo
Olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que de Robinson Crusoé.
( Infância, Op. Cit., p.54.)
3. DRUMMOND, VOCÊ ACHA POSSÍVEL UMA EXISTÊNCIA SEM OBSTÁCULOS?
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas rotinas tão fatigadas.
nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
4. O QUE VOCÊ ACHA DA FAMA?
O poeta municipal
discute com o poeta estadual
qual deles é capaz de bater o poeta federal.
Enquanto isso o poeta federal
tira outro do nariz.
(Política Literária, op. Cit.,p.61-62.)
5. VOCÊ CONCORDA QUE O POETA SEMPRE TRAVA UMA LUTA COM A PALAVRA QUANDO QUER EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS?
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto,vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
( Poesia, op. Cit.,p. 65)
6. COMO VOCÊ ENCARA A MONOTONIA DA VIDA ?
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham
Êta vida besta, meu Deus.
(CidadezinhaQualquer.Op.Cit.,p.67)
7. MUITOS CRÍTICOS VÊEM PESSIMISMO EM SUA OBRA. VOCÊ SABERIA DIZER A RAZÃO DESSE PESSIMISMO ?
Perdi o bonde e a esperança
Volto pálido para casa
A rua é inútil e nenhum auto
Passaria sobre meu corpo.
Vou subir a ladeira lente
Em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
Princípio do drama e da flora.
Não sei se estou sofrendo
Ou se é alguém que se diverte
Por que não ? na noite escassa
Com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
Nós gritamos: sim! Ao eterno.
(Soneto de Perdida Esperança .Op.cit.,p.84)
8. VOCÊ SENTE NOSTALGIA EM RELAÇÃO À SUA CIDADE NATAL?
Alguns anos vivi em Itabira
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste,orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
Vem de Itabira, de suas noites brancas,sem mulheres e sem
[ horizontes.]
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
É doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
Este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
Este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
Este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro,tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é penas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
(Confidência de Itabirano.Op.cit.,p.101-102)
9. DRUMMOND,EM ALGUNS VERSOS DE SUA PRIMEIRA OBRA (Alguma Poesia), NOTAMOS UM TIPO DE HUMOR SEMELHANTE AO DOS MODERNISTAS DA PRIMEIRA FASE. DEPOIS, VOCÊ VIVEU A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. O CLIMA DE ANGÚSTIA E DE MEDO REINANTE NA ÉPOCA LEVOU-O A ALTERAR A TEMÁTICA DE SUA OBRA?
Provisoriamente não cantaremos o amor,
Que se refugiou mas abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos, que esteriliza os abraços,
Não cantaremos o ódio porque esse não existe,
Existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
O medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
O medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
Cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
Cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
Depois morreremos de medo
E sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
( Congresso Internacional do Medo.Op.Cit.,p.105)
10. AFINAL, QUAL É A SUA PROPOSTA ENQUANTO POETA?
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade.
0 presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
( Mãos Dadas. Op.Cit.p.111)
11. DRUMMOND, QUAL É A MATÉRIA DA SUA POESIA?
Poeta do finito e da matéria,
cantor sem piedade, sim, sem frágeis lágrimas,
boca tão seca, mas ardor tão casto.
Dar tudo pela presença dos longínquos,
sentir que há ecos, poços, mas cristal,
não rocha apenas, peixes circulando
sob o navio que leva esta mensagem,
e aves de bico longo conferindo
sua derrota, e dois ou três faróis,
últimos! Esperança do mar negro.
Essa viagem é mortal, e começa-la.
Saber que há tudo. E mover-se em meio
a milhões e milhões de formas raras,
secretas,duras. Eis aí meu canto.
( Consideração do Poema. Op. Cit.,p.137-138)
12. ONDE ESTÁ A POESIA, DRUMMOND?
Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos! Ser guache na vida.
( Poema de Sete Faces. Op. Cit.,p.13)
2. COMO FOI SUA INFÂNCIA?
Minha mãe ficava sentada cosendo
Olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que de Robinson Crusoé.
( Infância, Op. Cit., p.54.)
3. DRUMMOND, VOCÊ ACHA POSSÍVEL UMA EXISTÊNCIA SEM OBSTÁCULOS?
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas rotinas tão fatigadas.
nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
4. O QUE VOCÊ ACHA DA FAMA?
O poeta municipal
discute com o poeta estadual
qual deles é capaz de bater o poeta federal.
Enquanto isso o poeta federal
tira outro do nariz.
(Política Literária, op. Cit.,p.61-62.)
5. VOCÊ CONCORDA QUE O POETA SEMPRE TRAVA UMA LUTA COM A PALAVRA QUANDO QUER EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS?
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto,vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
( Poesia, op. Cit.,p. 65)
6. COMO VOCÊ ENCARA A MONOTONIA DA VIDA ?
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham
Êta vida besta, meu Deus.
(CidadezinhaQualquer.Op.Cit.,p.67)
7. MUITOS CRÍTICOS VÊEM PESSIMISMO EM SUA OBRA. VOCÊ SABERIA DIZER A RAZÃO DESSE PESSIMISMO ?
Perdi o bonde e a esperança
Volto pálido para casa
A rua é inútil e nenhum auto
Passaria sobre meu corpo.
Vou subir a ladeira lente
Em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
Princípio do drama e da flora.
Não sei se estou sofrendo
Ou se é alguém que se diverte
Por que não ? na noite escassa
Com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
Nós gritamos: sim! Ao eterno.
(Soneto de Perdida Esperança .Op.cit.,p.84)
8. VOCÊ SENTE NOSTALGIA EM RELAÇÃO À SUA CIDADE NATAL?
Alguns anos vivi em Itabira
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste,orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
Vem de Itabira, de suas noites brancas,sem mulheres e sem
[ horizontes.]
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
É doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
Este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
Este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
Este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro,tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é penas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
(Confidência de Itabirano.Op.cit.,p.101-102)
9. DRUMMOND,EM ALGUNS VERSOS DE SUA PRIMEIRA OBRA (Alguma Poesia), NOTAMOS UM TIPO DE HUMOR SEMELHANTE AO DOS MODERNISTAS DA PRIMEIRA FASE. DEPOIS, VOCÊ VIVEU A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. O CLIMA DE ANGÚSTIA E DE MEDO REINANTE NA ÉPOCA LEVOU-O A ALTERAR A TEMÁTICA DE SUA OBRA?
Provisoriamente não cantaremos o amor,
Que se refugiou mas abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos, que esteriliza os abraços,
Não cantaremos o ódio porque esse não existe,
Existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
O medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
O medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
Cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
Cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
Depois morreremos de medo
E sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
( Congresso Internacional do Medo.Op.Cit.,p.105)
10. AFINAL, QUAL É A SUA PROPOSTA ENQUANTO POETA?
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade.
0 presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
( Mãos Dadas. Op.Cit.p.111)
11. DRUMMOND, QUAL É A MATÉRIA DA SUA POESIA?
Poeta do finito e da matéria,
cantor sem piedade, sim, sem frágeis lágrimas,
boca tão seca, mas ardor tão casto.
Dar tudo pela presença dos longínquos,
sentir que há ecos, poços, mas cristal,
não rocha apenas, peixes circulando
sob o navio que leva esta mensagem,
e aves de bico longo conferindo
sua derrota, e dois ou três faróis,
últimos! Esperança do mar negro.
Essa viagem é mortal, e começa-la.
Saber que há tudo. E mover-se em meio
a milhões e milhões de formas raras,
secretas,duras. Eis aí meu canto.
( Consideração do Poema. Op. Cit.,p.137-138)
12. ONDE ESTÁ A POESIA, DRUMMOND?
Penetra surdamente no meio das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escreve-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
(Procura da Poesia. Op. Cit.,p.138-139)
13. E DEUS?
Responde, por favor: Deus é quem sabe?
Sabe Deus o que faz?
Deus dá o pão, não amassa a farinha?
Deus o dá, Deus o leva?
Pertence-lhe o futuro?
Deus te dá saúde? Deus ajuda?
a quem cedo madruga?
Será que Deus não dorme?
E é Deus por todos, cada um por si?
Deus consente, mas nem sempre? Deus
perdoa,Deus castiga?
Deus me livra ou salva?
Deus vê o que o diabo esconde?
De hora em hora Deus melhora?
Mas é se Deus quiser?
E Deus quer?
Deus está em nós? E nós,
responde, estamos nele?
(Rifoneiro Divino.In: A Paixão Medida.Rio de Janeiro,Liv.José Oliympio Ed.,1980.p.56)
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escreve-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
(Procura da Poesia. Op. Cit.,p.138-139)
13. E DEUS?
Responde, por favor: Deus é quem sabe?
Sabe Deus o que faz?
Deus dá o pão, não amassa a farinha?
Deus o dá, Deus o leva?
Pertence-lhe o futuro?
Deus te dá saúde? Deus ajuda?
a quem cedo madruga?
Será que Deus não dorme?
E é Deus por todos, cada um por si?
Deus consente, mas nem sempre? Deus
perdoa,Deus castiga?
Deus me livra ou salva?
Deus vê o que o diabo esconde?
De hora em hora Deus melhora?
Mas é se Deus quiser?
E Deus quer?
Deus está em nós? E nós,
responde, estamos nele?
(Rifoneiro Divino.In: A Paixão Medida.Rio de Janeiro,Liv.José Oliympio Ed.,1980.p.56)
domingo, 29 de março de 2015
Decorando com corujas
Fiz essas corujas pensando encantar meus pequerruchos...
Agora vou mudar a decoração da porta, pois a páscoa está chegando...
Projeto maleta viajante...
Vi o projeto na Net e resolvi aderir...
As crianças levam para casa três livrinhos e os pais leem uma das histórias...
Na segunda trazem e compartilham... Mostrando o lindo desenho que fizeram do livro!
O monstro vai a escola
Confeccionei o monstrinho e estava difícil de grudar a cola, o recurso foi grampeá-lo...
Contei a história: O monstro vai a escola para os alunos do jardim...
Fizemos um mural com monstrinhos pintados por eles e colocamos as regras de convivência de nossa sala de aula.
Cada aluno leva o monstrinho e conta a história para seus pais, ficando encarregado de fazer um de sucata e trazer para a escola...
Palitoches- histórias infantis
Copiei os moldes da Net e fiz os cachinhos enrolando do EVA em palito de churrasco e passando na chapinha... Assim nasceu minha Cachinhos de Ouro!
Na net não tinha o chapéu... O recurso é tentar...
Reutilizando caixas
Casinha feita com caixas de papelão para os alunos do jardim... Era só para as meninas...Quase o Clube da Luluzinha, mas os meninos também quiseram entrar e tivemos de aumentar a lotação de casas...
Trenzinho de caixas também... Os meninos querem levar as vacas para o rodeio...
Cestinha para o jardim
Com litros que seriam descartados e EVA colorido fiz a cestinha para os pequenos...
O correto era ter feito tudo em branco, mas não achei mais EVA dessa cor, vai ver que todo mundo resolveu usá-lo...
segunda-feira, 16 de março de 2015
Questões do texto Negrinha - Monteiro Lobato
Informação:
autor
obra
editora
escola literária
Conteúdo
enredo da obra
tema
idéias secundárias
Estrutura
ambiente (lugar/ tempo)
personagens (aspectos físicos e psicológicos, protagonista,
antagonista)
Linguagem
vocabulário, figuras de linguagem, funções...
Análises
análise de causa e efeito
ponto de vista do autor
observações gerais (narrador)
Conclusões
quanto ao enredo e expressão
valores
características da escola literária
1. Com base no conto Negrinha, de Monteiro Lobato, assinale
a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Ao usar expressões como “Excelente senhora, a patroa” e
“Ótima, a dona Inácia”, o narrador acentua o humanismo presente nas relações
senhor/patrão versus escravo/empregado.
02) Apesar do tema relacionado ao infortúnio da escravidão
no Brasil, o conto demonstra a existência – no final do século XIX – de patroas
caridosas para com as meninas pobres, nascidas na senzala.
04) Valendo-se da metonímia como recurso de construção de
sentido, o conto tematiza a piedade de dona Inácia por Negrinha, filha natural
do seu marido com uma escrava.
*08) A concepção segundo a qual dona Inácia era um “esteio
da religião e da moral” evidencia, de forma irônica, o papel interesseiro
desempenhado pela igreja.
16) Dona Inácia judiava de Negrinha como forma de compensar
suas frustrações, uma vez que se sentia aliviada após “uma boa roda de cocres
bem fincados”.
32) Ao brincar com a boneca que pertencia à sobrinha de dona
Inácia, Negrinha é pega em flagrante e é punida com “uma novena de relho porque
disse: ‘Como é ruim, a sinhá!'”.
Negrinha - Monteiro Lobato 3º
NEGRINHA (Monteiro
Lobato)
Negrinha era uma
pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços
e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos
vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos
imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo,
amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no
céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar),
ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o
tempo. Uma virtuosa senhora em suma - "dona de grandes virtudes
apostólicas, esteio da religião e da moral", dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro
de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viúva sem filhos, não a
calejara o choro da carne de sua carne, e por isso não suportava o choro da
carne alheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste criança, gritava
logo nervosa:
- Quem é a peste que está chorando aí?
Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? O forno?
A mãe da criminosa abafava a boquinha da filha e afastava-se com ela para os
fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões de desespero.
- Cale a boca, diabo!
No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase
sempre, ou frio, desses que entanguem pés e mãos e fazem-nos doer...
Assim cresceu Negrinha - magra, atrofiada, com os olhos
eternamente assustados. órfã aos quatro anos, por ali ficou feito gato sem
dono, levada a pontapés, Não compreendia a idéia dos grandes. Batiam-lhe
sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra
provocava ora risadas, ora: castigos. Aprendeu a andar, mas quase não andava.
Com pretextos de que às soltas reinaria no quintal, estragando as plantas, a
boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num desvão da porta.
- Sentadinha aí, e bico, hein?
Negrinha
imobilizava-se no canto, horas e horas.
- Braços cruzados, já, diabo!
Cruzava os bracinhos
a tremer, sempre com o susto nos olhos. E o tempo corria. E o relógio batia
uma, duas, três, quatro, cinco horas - um cuco tão engraçadinho! Era seu
divertimento vê-lo abrir a janela e cantar as horas com a bocarra vermelha, arrufando
as asas. Sorria-se então por dentro, feliz um instante.
Puseram-na depois a fazer croché, e as horas se lhe iam a
espichar trancinhas sem fim.
Que idéia faria de si essa criança que nunca ouvira uma
palavra de carinho? Pestinha, diabo, coruja, barata descascada, bruxa,
pata-choca, pinto gorado, mosca-morta, sujeira, bisca, trapo, cachorrinha,
coisa-ruim, lixo não tinha conta o número de apelidos com que a mimoseavam.
Tempo houve em que foi a bubônica. A epidemia andava na berra, como a grande
novidade, e Negrinha viu-se logo apelidada assim - por sinal que achou linda a
palavra. Perceberam-no e suprimiram-na da lista. Estava escrito que não teria
um gostinho só na vida - nem esse de personalizar a peste...
O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes,
vergões. Batiam nele os da casa todos os dias, houvesse ou não houvesse motivo.
Sua pobre carne exercia para os cascudos, cocres e beliscões a mesma atração
que o ímã exerce para o aço. Mãos em cujos nós de dedos comichasse um cocre,
era mão que se descarregaria dos fluidos em sua cabeça. De passagem. Coisa de
rir e ver a careta...
A excelente dona
Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora
senhora de escravos e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar
o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo essa indecência de negro igual a
branco e qualquer coisinha: a policia! "Qualquer coisinha": uma
mucama assada ao forno porque se engraçou dela o senhor; uma novena de relho
porque disse: “Como é ruim, a sinhá!”...
O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe
tirou da alma a gana. Conservava Negrinha em casa como remédio para os
frenesis. Inocente derivativo:
- Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem
fincados!...
Tinha de contentar-se com isso, judiaria miúda, os níqueis
da crueldade. Cocres: mão fechada com raiva e nós de dedos que cantam no coco
do paciente. Puxões de orelha: o torcido, de despegar a concha (bom! bom! bom!
gostoso de dar) e o a duas mãos, o sacudido. A gama inteira dos beliscões: do
miudinho, com a ponta da unha, à torcida do umbigo, equivalente ao puxão de
orelha. A esfregadela: roda de tapas, cascudos, pontapés e safanões a uma -
divertidíssimo! A vara de marmelo, flexível, cortante: para "doer
fino" nada melhor!
Era pouco, mas antes isso do que nada. Lá de quando em
quando vinha um castigo maior para desobstruir o fígado e matar as saudades do
bom tempo. Foi assim com aquela história do ovo quente.
Não sabem! Ora! Uma criada nova furtara do prato de Negrinha
coisa de rir - um pedacinho de carne que ela vinha guardando para o fim. A
criança não sofreou a revolta - atirou-lhe um dos nomes com que a mimoseavam
todos os dias.
-"Peste?" Espere aí! Você vai ver quem é peste - e
foi contar o caso à patroa.
Dona Inácia estava azeda, necessitadíssima de derivativos.
Sua cara iluminou-se.
- Eu curo ela!. - disse, e desentalando do trono as banhas
foi para a cozinha, qual perua choca, a rufar as saias.
- Traga um ovo. Veio o ovo. Dona Inácia mesmo pô-lo na água
a ferver; e de mãos à cinta, gozando-se na prelibação da tortura, ficou de pé
uns minutos, à espera. Seus olhos contentes envolviam a mísera criança que,
encolhidinha a um canto aguardava trêmula alguma coisa de nunca visto. Quando o
ovo chegou a ponto, a boa senhora chamou:
- Venha cá!
Negrinha aproximou-se.
- Abra a boca!
Negrinha abriu a boca, como o cuco, e fechou os olhos. A
patroa, então, com uma colher, tirou da água "pulando" o ovo e zás!
na boca da pequena. E antes que o urro de dor saísse, suas mãos amordaçaram-na
até que o ovo arrefecesse. Negrinha urrou surdamente, pelo nariz. Esperneou.
Mas só. Nem os vizinhos chegaram a perceber aquilo. Depois:
- Diga nomes feios aos mais velhos outra vez, ouviu, peste?
E a virtuosa dama voltou contente da vida para o trono, a
fim de receber o vigário que chegava.
- Ah, monsenhor! Não se pode ser boa nesta vida... Estou
criando aquela pobre órfã, filha da Cesária - mas que trabalheira me dá!
- A caridade é a mais bela das virtudes cristãs, minha
senhora murmurou o padre.
- Sim, mas cansa...
- Quem dá aos pobres empresta a Deus.
A boa senhora suspirou resignadamente.
- Inda é o que vale...
Certo dezembro vieram passar as férias com Santa Inácia duas
sobrinhas suas, pequenotas, lindas meninas louras, ricas, nascidas e criadas em
ninho de plumas.
Do seu canto na sala do trono, Negrinha viu-as irromperem
pela casa como dois anjos do céu - alegres, pulando e rindo com a vivacidade de
cachorrinhos novos. Negrinha olhou imediatamente para a senhora, certa de vê-la
armada para desferir contra os anjos invasores o raio dum castigo tremendo.
Mas abriu a boca: a sinhá ría-se também... Quê? Pois não era
crime brincar? Estaria tudo mudado - e findo o seu inferno - e aberto o céu? No
enlevo da doce ilusão, Negrinha levantou-se e veio para a festa infantil,
fascinada pela alegria dos anjos.
Mas a dura lição da desigualdade humana lhe chicoteou a
alma. Beliscão no umbigo, e nos ouvidos, o som cruel de todos os dias: "já
para o seu lugar, pestinha! Não se enxerga?"
Com lágrimas dolorosas, menos de dor física que de angústia
moral sofrimento novo que se vinha acrescer aos já conhecidos - a triste
criança encorujou-se no cantinho de sempre.
- Quem é, titia? - perguntou uma das meninas, curiosa.
- Quem há de ser? - disse a tia, num suspiro de vítima. -
Uma caridade minha. Não me corrijo, vivo criando essas pobres de Deus... Uma
órfa. Mas brinquem, filhinhas, a casa é grande, brinquem por aí afora.
- Brinquem! Brincar! Como seria bom brincar! - refletiu com
suas lágrimas, no canto, a dolorosa martirzinha, que até ali só brincara em
imaginação com o cuco.
Chegaram as malas e logo:
- Meus brinquedos! - reclamam as duas meninas.
Uma criada abriu-as e tirou os brinquedos.
Que maravilha! Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os
olhos. Nunca imaginara coisa assim tão galante. Um cavalinho! E mais... Que é
aquilo? Uma criancinha de cabelos amarelos... que falava "mamã"...
que dormia...
Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e
nem sequer sabia o nome desse brinquedo. Mas compreendeu que era uma criança
artificial.
- É feita?... - perguntou, extasiada.
E dominada pelo enlevo, num momento em que a senhora saiu da
sala a providenciar sobre a arrumação das meninas, Negrinha esqueceu o
beliscão, o ovo quente, tudo, e aproximou-se da criatura de louça. Olhou-a com
assombrado encanto, sem jeito, sem ânimo de pegá-la.
As meninas admiraram-se daquilo.
- Nunca viu boneca?
- Boneca? - repetiu Negrinha. - Chama-se Boneca?
Riram-se as fidalgas de tanta ingenuidade.
- Como é boba - disseram. - E você como se chama?
- Negrinha.
As meninas novamente torceram-se de riso; mas vendo que o
êxtase da bobinha perdurava, disseram, apresentando-lhe a boneca:
- Pegue!
Negrinha olhou para os lados, ressabiada, com o coração aos
pinotes. Que ventura, santo Deus! Seria possível? Depois pegou a boneca. E
muito sem jeito, como quem pega o Senhor menino, sorria para ela e para as
meninas, com assustados relanços de olhos para a porta. Fora de si,
literalmente... era como se penetrara no céu e os anjos a rodeassem, e um
filhinho de anjo lhe tivesse vindo adormecer ao colo. Tamanho foi o seu enlevo
que não viu chegar a patroa, já de volta. Dona Inácia entreparou, feroz, e
esteve uns instantes assim, apreciando a cena.
Mas era tal a alegria das hóspedes ante a surpresa extática
de Negrinha, e tão grande a força irradiante da felicidade desta, que o seu
duro coração afinal bambeou. E pela primeira vez na vida foi mulher.
Apiedou-se.
Ao percebê-la na sala Negrinha havia tremido, passando-lhe
num relance pela cabeça a imagem do ovo quente e hipóteses de castigos ainda
piores. E incoercíveis lágrimas de pavor assomaram-lhe aos olhos.
Falhou tudo isso, porém. O que sobreveio foi a coisa mais
inesperada do mundo - estas palavras, as primeiras que ela ouviu, doces, na
vida:
- Vão todas brincar no jardim, e vá você também, mas veja
lá, hein?
Negrinha ergueu os olhos para a patroa, olhos ainda de susto
e terror. Mas não viu mais a fera antiga. Compreendeu vagamente e sorriu.
Se alguma vez a gratidão sorriu na vida, foi naquela surrada
carinha...
Varia a pele, a condição, mas a alma da criança é a mesma -
na princesinha e na mendiga. E para ambos é a boneca o supremo enlevo. Dá a
natureza dois momentos divinos à vida da mulher: o momento da boneca -
preparatório -, e o momento dos filhos - definitivo. Depois disso, está extinta
a mulher.
Negrinha, coisa humana, percebeu nesse dia da boneca que
tinha uma alma. Divina eclosão! Surpresa maravilhosa do mundo que trazia em si
e que desabrochava, afinal, como fulgurante flor de luz. Sentiu-se elevada à
altura de ente humano. Cessara de ser coisa - e doravante ser-lhe-ia impossível
viver a vida de coisa. Se não era coisa! Se sentia! Se vibrava!
Assim foi - e essa consciência a matou.
Terminadas as férias, partiram as meninas levando consigo a
boneca, e a casa voltou ao ramerrão habitual. Só não voltou a si Negrinha.
Sentia-se outra, inteiramente transformada.
Dona Inácia, pensativa, já a não atazanava tanto, e na
cozinha uma criada nova, boa de coração, amenizava-lhe a vida.
Negrinha, não
obstante, caíra numa tristeza infinita. Mal comia e perdera a expressão de
susto que tinha nos olhos. Trazia-os agora nostálgicos, cismarentos.
Aquele dezembro de férias, luminosa rajada de céu trevas
adentro do seu doloroso inferno, enverienara-a.
Brincara ao sol, no jardim. Brincara!... Acalentara, dias
seguidos, a linda boneca loura, tão boa, tão quieta, a dizer mamã, a cerrar os
olhos para dormir. Vivera realizando sonhos da imaginação. Desabrochara-se de
alma.
Morreu na esteirinha rota, abandonada de todos, como um gato
sem dono. Jamais, entretanto, ninguém morreu com maior beleza. O delírio
rodeou-a de bonecas, todas louras, de olhos azuis. E de anjos... E bonecas e,
anjos remoinhavam-lhe em torno, numa farândola do céu. Sentia-se agarrada por
aquelas mãozinhas de louça - abraçada, rodopiada.
Veio a tontura; uma névoa envolveu tudo. E tudo regirou em
seguida, confusamente, num disco. Ressoaram vozes apagadas, longe, e pela
última vez o cuco lhe apareceu de boca aberta.
Mas, imóvel, sem rufar as asas.
Foi-se apagando. O vermelho da goela desmaiou...
E tudo se esvaiu em trevas.
Depois, vala comum. A terra papou com indiferença aquela
carnezinha de terceira - uma miséria, trinta quilos mal pesados ...
E de Negrinha ficaram no mundo apenas duas impressões. Uma
cômica, na memória das meninas ricas.
- "Lembras-te daquela bobinha da titia, que nunca vira
boneca?" Outra de saudade, no nó dos dedos de dona Inácia.
- "Como era boa para um cocre!... "
domingo, 1 de março de 2015
Dia internacional da mulher- produção textual
Muito bem...
Comemoramos o dia Internacional da Mulher no dia 8 de março.
Qual a sua opinião sobre essa comemoração?
Escreva um texto (se tem opinião pode ser dissertativo ou artigo de opinião) .
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Ismália- 3º ano análise
A-Leia a poesia Ismália e sublinhe os
versos que comprovem ser ela pertencente ao simbolista:
Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banho-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava
perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua no céu,
Queria a lua no mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
B-Ainda sobre a poesia Ismália:
1-O autor constrói o poema com base em
antíteses que sugerem os desejos de Ismália que são contraditórios retire da
poesia as antíteses que comprovam o afirmado acima.
2-
Qual o desejo de Ismália, que o autor deixa claro nos versos da poesia?
3-
Retire da poesia, palavras ou expressões que o autor demonstra valorizar os
aspectos interiores e quase que desconhecidos da alma e da mente humana.
4-
A partir do poema, pode-se afirmar que para os simbolistas o sonho e a loucura
levam o ser humano a libertar-se. Explique essa afirmação.
5-
Qual é o tema do poema? Justifique a resposta com elementos do texto.
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