domingo, 3 de agosto de 2014

Soneto de separação- 212-14

Soneto de separação (Vinicius de Moraes)
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e brando como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E do sozinho o que se fez contente.

Fez-se de amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

1-      o poema se intitula “Soneto de separação”. De que tipo de separação ele trata? Justifique sua resposta com elementos do texto.
2-      Todo o poema é construído a partir de uma oposição de idéias: de um lado descreve-se como era o relacionamento amoroso e a vida do eu lírico; de outro, descreve-se como é a vida do eu lírico no presente, sozinho.
a-      chama-se antítese a figura de linguagem que se constrói a partir da oposição de idéias. Identifique no poema dois pares de palavras ou expressões que formem antítese.
b-      Em uma frase, resuma: como era a vida do eu lírico antes da separação e como é no presente.
3-      Às vezes para descrever certos sentimentos, a linguagem denotativa não é suficiente. O poeta emprega, então, a linguagem figurada, conotativa, poética. As figuras, messe caso, contribuem para exprimir o que é quase inexplicável. Observe estes versos:
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
Fez-se da vida uma aventura errante
a-      Qual é a figura de linguagem existente nos trechos destacados?
b-      Traduza em linguagem denotativa o sentido dessas figuras.
4-      Faça a escansão da primeira estrofe

5-      Faça a análise das rimas da segunda estrofe.

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